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Mais de 120 horas de música, 65 artistas e 600 empreendedores ocuparam as ruas de Salvador

Genilson Coutinho,
24/10/2018 | 15h10

Depois de circular por diversos bairros levando atividades lúdico-musicais e shows gratuitos para toda família, fechando 2018 com uma edição histórica no largo do Campo Grande, o Festival Hype dá uma pausa de dois meses e volta para ocupar as ruas de Salvador em janeiro de 2019 prometendo muitas novidades.

 Com outras quatro edições realizadas nos bairros da Pituba, Av. Centenário, Lauro de Freitas e São Tomé de Paripe, o Festival Hype atraiu entre os meses de junho e outubro uma média superior a 35 mil pessoas, ao longo de 5 meses, e um casting de 65 artistas locais e nacionais.

 “O Festival da uma pausa agora nesse fim de ano pra voltar com todo gás em janeiro, em pleno verão, fortalecendo ainda mais a cadeia musical baiana, com shows e atividades gratuitas pra toda família, expandindo a visibilidade de nossos artistas para os turistas que visitam nossa cidade nesse período”, explica Breno Barretto, coordenador do projeto.

 Recebendo nomes como Márcia Castro, Diamba, Mosiah, Lazzo, Davi Moraes, Gerônimo, Levi Lima, Manno Góes, Tenison Del Rey, Quabales, Jorge Zárath, Pedro Pondé, Pali, Jau, Saulo, Hiran, Àttooxxá e Vivendo do Ócio, o projeto ocupou praças, ruas e avenidas, celebrando a criação artística e a multiplicidade de ritmos, além de reconhecer a vocação criativa do povo baiano, revelando novas bandas, novos talentos e novas sonoridades.

 Em um constante despertar de sucessos e boas ideias, o Hype foi berço do projeto Papo de Autor, um encontro especial para compartilhamento de experiências e novas perspectivas de mercado, que culminou numa apresentação especial no Teatro Castro Alves, e do Encontro Musical de Pai para Filho, com os músicos Aroldo Macedo e Gabriel Macedo.

 “Colocamos o Festival nas ruas com a missão de potencializar o cenário musical baiano e revelar novos talentos e fomos surpreendidos com a quantidade e principalmente a qualidade dos artistas envolvidos e tivemos a honra de proporcionar para a cidade, junto com o público e toda uma equipe maravilhosa e talentosa, um evento itinerante e cheio de força criativa pulsante, com momentos inesquecíveis e o mais legal de tudo, com atrações para todas as idades. Em janeiro voltaremos com tudo para seguir ocupando as praças da cidade com muita música e muita arte”, conta Lídice Berman, idealizadora do Festival.

 Reconhecido como uma opção de lazer para toda a família, a cada encontro o projeto reuniu atrações artísticas dos mais diversos segmentos, a exemplo de Live Painting com artistas visuais como Fael Primeiro e Nila Carneiro, Dança, Teatro, Mágica, Circo e Djs, além de atrações infantis, como Espaço Musical, Cadeiradebrin, Unicórnias Band e o grupo PUMM.

 Proporcionando uma experiência de resgate e conexão com a cultura de rua, transformada em um grande espaço de celebração, como forma de melhorar a relação da população com os espaços públicos, o Festival Hype possui dois grandes protagonistas: o Palco Sounds, espaço para apresentações musicais e artístico-cultural; e o Mercadão da Música, espaço para comercialização, trocas e capacitação musical.

 Na missão de dar vez a quem tem voz e revelar o que as ruas falam, o projeto contou com mais de 200 bandas inscritas, por meio de edital e seleção via curadoria artística e Mapa Musical da Bahia, assinada por Juliana Ribeiro, Duda Diamba e Morotó Slim, responsáveis pelo garimpo curatorial e revelação de novos talentos da musica local.

 Como expoente de transformação, o Festival Hype recebeu também o Mercadão da Música, um verdadeiro celeiro de trocas e qualificação do mercado musical baiano, com cerca de 60 expositores selecionados ao longo da temporada, para estimular o empreendedorismo musical por meio da comercialização de itens e serviços relacionados à música, oferecendo uma série de atividades voltadas para a integração, difusão e potencialização da cadeia produtiva da música local. Na curadoria do Mercadão, os jornalistas Isa Lorena e Luciano Matos.

 Entre as diversas ações promovidas pelo Mercadão da Música, destaques para a Oficina de Pandeiros para iniciantes com Wive Melo, Oficina de Confecção de Instrumentos com o Ateliê Construindo o Som, Oficina de tambores com Peu Meurray e a Oficina de produção e gravação musical de baixo custo com Átila Santtana.

 Sob direção geral Lídice Berman e coordenação de Breno Barretto – Coreto Criativo, o projeto conta com um time de 150 profissionais envolvidos direta e indiretamente, sendo o Hype uma realização da L&B Produção, com patrocínio da Brahma Extra e Governo do Estado, através do FazCultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, além do apoio da Prefeitura Municipal de Salvador.