Lindos e gays: Desejo e desperdício

Genilson Coutinho,
28/02/2012 | 10h02

Ele nem parece!

Nossa que desperdício!

O mundo está mesmo perdido!

Frases como essa, e tantas outras, são comumente ditas por mulheres que não se conformam em ver homens gays bem resolvidos.

Casadas, solteiras, viúvas, desquitadas, conservadoras, modernas, não importa: as mulheres não aceitam ver um “deus grego” beijando outro homem, dando uma quebrada ou assumindo-se gay, para elas é um gato a menos no mundo a ser caçado.

Eu não vejo problema nenhum. Na verdade não existe problema, mas a queixa geral feminina é de que os heterossexuais estão em escassez. Será?

Percebo que a presença de homossexuais assumidos em todos os ambientes está cada vez maior, acredito que isso se deva a liberdade sexual que vivenciamos e o estimulo de grupos para que os gays não tenham vergonha da sua realidade. Tenho muita tranquilidade em todos os ambientes, me admira muito e me causa orgulho perceber que os gays, até para serem respeitados, normalmente dedicam-se mais a estudos, a vaidade, ao trabalho e ao posicionamento social. A única coisa que me entristece é quando vejo, aos montes, homens acompanhados de suas namoradas/esposas paquerando outro homens sem nenhum respeito a mulher que o acompanha.

Sinto muito garotas, mas o desperdício não está nos gays vaidosos e bem tratados e nem tampouco o mundo está perdido. O desperdício está nos homens que ainda acham que para ser macho precisam arrotar, peidar, ser pitboy e andar desarrumados, e a perda do mundo está nos homens covardes que fazem de suas mulheres máscaras para sua verdadeira identidade.

“O Brasil é um país tão preconceituoso e covarde, que o cara para ser gay aqui tem que ser muito macho!” Janaina Cavallin

Tchau Tchau

Rodrigo Almeida

Relações Públicas e Comunicador Social e colunista do site Dois Terços