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Lideranças do movimento LGBT de Salvador comentam a reeleição da presidenta Dilma

Genilson Coutinho,
27/10/2014 | 13h10

dilma

A militância LGBT de Salvador, que desde agosto entrou na corrida na busca do voto em prol da candidata Dilma, celebrou na noite do último domingo (26), no Largo da Dinha no Rio Vermelho, a reeleição da candidata. O famoso largo se transformou no  ponto de encontro dos petistas em solo baiano, e lá comemoraram com muita festa e emoção a apertada vitória da Presidenta, que vem cheia de sonhos de mudanças e esperanças de mais apoio para comunidade gay do Brasil.

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A equipe do Dois Terços conversou com Sandra Muñoz,  líder do movimento Marcha das Vadias e filiada ao Fórum Baiano LGBT, e também com Bruno Almeida, membro do Grupo Gay das Residências Universitárias da UFBA e com Djalma Thürler, diretor teatral.

Para Sandra, esse é um momento novo de construção e muita luta para inserir na ordem do dia aprovações de projetos que são fundamentais para todos. “Agora é um momento de muita luta principalmente para aprovação da PL 122, que vai transformar  a homofobia em crime. Mas sei que não será fácil principalmente com o cenário da câmara dos deputados, porém não vamos desistir e estaremos do lado de Dilma para somar. Foi uma vitoria merecida”, diz Sandra.

Bruno também traz a esperança e o desejo da aprovação da criminalização da homofobia e torce por dias melhores para comunidade trans. “A reeleição de Dilma para comunidade LGBT vem com  a esperança de criminalizar a homofobia e aprovação  do projeto de lei de identidade de gênero. É bom salientar que, com o aumento da bancada evangélica no poder nada será fácil para nossa comunidade, mas nossa Dilma, mulher de coração valente, olhará por nós”, diz esperançoso Bruno.

Para o diretor teatral Djalma Thürler é um momento histórico e de muitas expectativas: “A vitória de Dilma Roussef é importante porque marca o posicionamento e a expectativa de milhões de pessoas por um desejo diferente de nação; sua vitória é o reconhecimento do privilégio naturalizado de um determinado sujeito histórico e a sua imediata revisão, ou quem sabe, destituição, uma vitória da diversidade”.

Além de Bruno, Sandra e Djalma, outras lideranças aproveitaram o Facebook para comentar a vitoria de Dilma. Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, sinalizou a falta da inclusão dos LGBT no primeiro discurso da presidenta: “Cadê que ela não falou dos LGBTs, agora…mulheres, negros e jovens?”.

Já Paulett Furação – coordenadora do Núcleo LGBT da Secretaria de Cidadania, Justiça e Direitos Humanos – rebateu de forma criativa as criticas a vitoria da presidenta: “Não gostou porque Dilma venceu? Coloque Aécio na sua casa pra que ele possa privatizar seu quarto”.