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LGBTs debatem os desafios enfrentados na construção da Reforma Agrária nesta segunda-feira (11), em Salvador

Genilson Coutinho,
11/01/2016 | 09h01

Mais de 50 gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais do MST estarão reunidos na próxima segunda-feira (11), a partir das as 17 horas, no Parque de Exposição, em Salvador, para realizar a 1º Roda de Conversa com os LGBT Sem Terra.

Com o tema “Reforma agrária e relações de gênero: desafios para a construção de um projeto popular” a roda de conversa pretende debater a identidade de gênero e o fortalecimento da Reforma Agrária Popular através da inserção e o protagonismo dos sujeitos LGBT.

A atividade acontecerá durante o 28º Encontro Estadual do MST na Bahia que estará mobilizando cerca de 1.500 trabalhadores rurais Sem Terra, de dez regiões do estado, entre os dias 10 e 13.

De acordo com Tiago Hungria, do coletivo de gênero do MST, vivemos um cenário político que é preciso agregar todos os trabalhadores, que estão nos assentamentos e acampamentos, nos debates em torno da construção da reforma agrária em nosso país.

“Para isso é necessário pautar a participação, o protagonismo e construir de maneira auto organizada espaços em que as opressões possam ser colocadas em cheque para serem superadas”, destaca Hungria.

Auto-organização

Os LGBTs Sem Terra vêm realizando diversas atividades de estudos e debates, a fim de acumular politicamente em torno das relações de gênero e como esta influência diretamente nas vivências dos sujeitos nas áreas de Reforma Agrária.

Nacionalmente, o Movimento construiu o Seminário MST e a Diversidade Sexual, um grupo de estudos na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e diversas intervenções políticas e espaços auto organizados nos estados.

Na Bahia, os LGBTs e o coletivo de juventude e comunicação realizaram durante dois anos consecutivos uma agitação e propaganda contra a LGBTfobia nas marchas estaduais do MST.