Leandra Leal fala do preconceito sofrido na busca por apoio para filme sobre travestis
Nos preparativos do seu primeiro longa, a atriz Leandra Leal afirma ter sofrido preconceito velado no momento de captação de verbas de “Divinas Divas”, documentário sobre oito travestis veteranas do Rio de Janeiro.
“Tive justificativas bem escorregadias. Estive perto de vários ‘sim’ que se converteram em ‘não’. Sempre bem escorregadios. Fui identificando um preconceito bem velado, porque esse filme trata de dois tabus, que infelizmente ainda são tabus no Brasil, que é a questão de gênero e a questão da idade, e as marcas não querem se associar a isso”, contou Leandra ao portal “UOL”.
Os interessados em colaborar com a produção podem doar de R$ 20 a R$ 5.000. Com isso, terão o privilégio de assistir ao espetáculo Divinas Divas que está em cartaz há dez anos no Teatro Rival Petrobras, e até fazer figuração nas filmagens.
O projeto do filme nasceu há três anos e busca resgatar a trajetória de oito artistas pioneiras: Rogéria, Jane Di Castro, Waléria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios foram os primeiros homens que se travestiram de mulher nos palcos cariocas nos anos 1960, quando o Brasil vivia sob rígida ditadura militar. >
“Eu sou muito apaixonada por elas e achei que seria muito fácil de viabilizar esse projeto. Eu nem gosto de ficar me prendendo na questão do gênero, porque elas são muito talentosas e a história de vida delas é incrível. Elas não se vitimizam, apesar de todas as dificuldades que passaram na vida”, revelou Leandra à publicação.
Para doar ou obter maiores informações sobre o projeto Divinas Divas, acesse aqui