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Junho Lilás – Teste do Pezinho pode salvar vidas

Redação,
04/06/2019 | 23h06

A Apae Salvador, instituição credenciada pelo Ministério da Saúde como o único Serviço de Referência em Triagem Neonatal na Bahia, lança campanha do Junho Lilás para chamar atenção sobre a importância do teste do pezinho e a necessidade de que ele seja feito no período ideal. O exame permite a detecção de diversas doenças graves e deve ser realizado entre o 3º e 5º dia de vida. Em 2018, mais de 50% dos nascidos vivos fizeram o exame na primeira semana de vida. Um marco que será celebrado no próximo dia 6 de junho, Dia Nacional do Teste do Pezinho. No mês de junho, alguns monumentos de Salvador estarão iluminados de lilás, como Farol da Barra, Câmara dos Vereadores e a Arena Fonte Nova, em diferentes períodos.

Com uma cobertura, em 2018, de mais de 85% dos bebês nascidos vivos no estado (mais de 178 mil crianças), a Apae tem a meta de atingir 90% em 2019. “A marca de mais de 85% de recém-nascidos triados representa uma das maiores coberturas desde a implantação do Programa de Triagem Neonatal em 2001. Mas ainda existem crianças que não realizam a triagem e, todos os anos, temos que garantir que os novos recém-nascidos tenham este benefício garantido”, destaca a médica geneticista Helena Pimentel, gerente do serviço de Triagem Neonatal da Apae Salvador. A entidade atende, hoje, 2,2mil crianças e é uma das instituições com melhor serviço no país, graças à sua equipe multidisciplinar altamente qualificada, o uso de equipamentos com tecnologia de ponta e entrega rápida dos resultados.

Por que fazer?

A maioria das doenças investigadas pelo teste do pezinho são assintomáticas no período neonatal (0 a 28 dias de vida) e podem levar a deficiência mental ou afetar gravemente a saúde da criança. Tratadas a tempo, a chance de que a doença não leve a sequelas é grande, melhorando a qualidade de vida dos afetados. O teste do pezinho feito através do SUS permite detectar as doenças Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Doenças Falciformes e outras Hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita, Deficiência de Biotinidase e Aminoacidopatias. No entanto, a Apae Salvador também oferece a ampliação de cobertura para outras doenças, através de atendimento particular, com preços acessíveis.

Além de colher o sangue para fazer os exames, os pais devem pegar o laudo com os resultados para garantir que o diagnóstico de alguma alteração seja investigado. “Muitas pessoas não se preocupam em pegar os resultados porque acham que, se alguma doença for diagnosticada, a APAE entrará em contato. Nós entramos em contato, mas se por algum motivo a amostra de sangue não chegar a APAE, o teste do pezinho não será realizado. É sempre necessário mostrar o resultado ao pediatra ou à enfermeira do posto”, reforça Pimentel.

Quando e onde?

Além do desafio de fazer com que todos os bebês façam o teste do pezinho, a campanha Junho Lilás alerta para a importância de esse exame ser feito no período ideal, ou seja, entre o 3º ao 5º dia após o nascimento. Graças às campanhas de conscientização da Apae e o empenho dos profissionais envolvidos, têm aumentado o número de crianças que fizeram o exame no período ideal ou na primeira semana do nascimento.

“Antes do terceiro dia, não é possível detectar determinadas doenças, por isso não é recomendado fazer a coleta. Também, quando demoramos muito para levar o bebê para fazer a coleta, que é o primeiro passo, a detecção da alteração pode demorar e, quando começarmos o tratamento já não será tão eficiente”, explica a médica. A coleta do Teste do Pezinho pode ser realizada pelo SUS em um dos 4 mil postos de saúde distribuídos em todo o Estado da Bahia ou na APAE Salvador (Alameda Verona, 32 – Pituba).

A parceria com os municípios

Para garantir a cobertura cada vez mais próxima dos 100% de recém-nascidos triados, e uma coleta no período ideal, a Apae Salvador conta com o envolvimento das gestões municipais e das equipes de saúde dos municípios. “A boa cobertura alcançada é decorrente da adesão dos municípios, por estes reconhecerem a importância desse programa de saúde pública e que, antes de tudo, é um direito de todo recém-nascido e um dever dos pais e do Estado”, afirma Helena Pimentel. Além disso, o tratamento e acompanhamento com equipe interdisciplinar depende do apoio dos municípios no deslocamento das famílias.

A Apae Salvador também promove capacitação permanente para as equipes dos municípios que trabalham com a triagem neonatal. “As três esferas do governo (municipal, estadual e federal) precisam trabalhar de forma coesa para que o programa tenha êxito e alcance o seu propósito. Somos, com muito orgulho, o Serviço de Referência do Estado da Bahia e realizamos um dos melhores Programas de Triagem do Brasil”, conclui Pimentel.