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Jornalista do BNews sofre ataque homofóbico de secretário da Prefeitura de Salvador

Genilson Coutinho,
01/07/2019 | 10h07

O repórter de política do BNews, Henrique Brinco, sofreu ataques homofóbicos do Secretaria Municipal de Trabalho, Esporte e Lazer (Semtel), Alberto Pimentel (PSL), aliado de Bolsonaro na Bahia. O integrante da gestão do prefeito ACM Neto (DEM) se irritou com uma reportagem do site em que expõe uma denúncia do MBL-Bahia sobre uma suposta articulação política do gestor para impedir a manifestação convocada no último domingo 30.

Pimentel desferiu ataques pessoais contra o jornalista, que é gay e militante da causa LGBT. Ele compartilhou prints de Brinco na parada gay e ao lado da transformista Scarleth Sangalo. “O BNews e esse repórter são uma vergonha para toda imprensa, pois a imprensa não é para o ativismo e sim para transmitir informação de qualidade para a população!”, escreveu o secretário.

Em contato com o Dois Terços, Brinco afirmou que não poderá se pronunciar sobre o assunto, mas que medidas legais serão tomadas diante do caso. O Sindicato dos Jornalistas da Bahia Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), presidido pela jornalista Marjorie da Silva Moura, emitiu neste domingo (30) uma nota de apoio aos jornalistas do BNews.


Ataques de Alberto Pimentel (PSL) ao jornalistas na sua rede social[/caption]

“O material foi elaborado dentro das normas do jornalismo e da ética de, ao receber uma informação checar a veracidade da mesma e buscar dar voz aos envolvidos no fato. Desconhecendo as técnicas de apuração da atividade jornalística, as citadas autoridades atacaram através das redes sociais a mídia e os profissionais em dissonância com o que manda a Constituinte em seu capítulo 5o. que trata da liberdade de expressão”, diz um trecho da nota.

Na avaliação da entidade, é obrigação do poder público estimular a paz social e não incentivar o ódio. “Cabe às autoridades, ainda, estimular a paz social e não criar instrumentos de ódio, seja por meio de comunicação convencional ou através de hashtags, mantendo assim o decoro e a sobriedade que estes cargos exigem”, diz outro trecho do texto.