Jean Wyllys fala de amor e da sua luta na revista Trip do mês junho

Genilson Coutinho,
08/06/2013 | 01h06


Ele lutou contra a pobreza, o preconceito explícito e o velado, a homofobia e, hoje, como deputado federal, é o maior oponente dos felicianos da política brasileira. Dono de uma notável capacidade de manter a elegância, a coerência e a verve mesmo diante de adversários da pior espécie e sob pressão extrema, Jean Wyllys reflete sobre a briga de viver e revela, em texto exclusivo para a Trip, sua arma mais poderosa: o amor.
Jean diz que só lutou sem palavras quando ainda não falava; quando ainda não havia me apropriado delas: “Desde que me apropriei da palavra, ela tem sido a minha arma nos conflitos em que me envolvi: da luta para escapar da pobreza por meio da educação pública e do trabalho honesto até a luta para me afirmar como figura de prestígio na mídia, passando pelo enfrentamento da homofobia para afirmar, com orgulho, minha orientação sexual.”

Sobre sua posição serena e branda diante das pessoas que o insultam: “Não tenho uma resposta precisa a esse questionamento. Posso garantir que minha atitude não é produto de ioga nem de psicanálise. Mas ela talvez seja fruto das marcas do cristianismo em meu caráter, da imitação de Jesus Cristo. Com Ele, aprendi a ser um doce bárbaro: oferecer a outra face diante da violência física do oponente e atacá-lo com a violência das palavras, das metáforas, das parábolas; com Ele, aprendi a ter consciência do conflito e a aceitar o fato de que ele é inevitável, o que leva qualquer pessoa de bom senso a estar sempre preparada; com Jesus, aprendi a conjugar inteligência e conhecimento com intuição e amor.”
“Só o amor pode fazer, do inevitável clube da luta que é a vida, um lugar também de felicidade. E a felicidade, já diziam Lennon e McCartney, é uma arma quente.”
A publicação já está nas bancas.