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IPAC recebe homenagem por 50 anos de fundação nesta quarta-feira (13), no TCA

Genilson Coutinho,
12/09/2017 | 13h09

Foto: Elói

Referência no Brasil por ser um dos primeiros órgãos estaduais da área de patrimônio cultural criados no país, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), recebe homenagem da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em sessão especial a ser realizada no Teatro Castro Alves (TCA – Praça Dois de Julho, s/nº, Campo Grande – tel. 71 3117-4832), nesta quarta-feira (13), às 19h. O convite é do presidente da Alba, Ângelo Coronel, com sessão indicada pelo deputado estadual, Rosemberg Pinto.

A ideia é homenagear o IPAC com um grande encontro de manifestações culturais e bens intangíveis da Bahia patrimonializados, devido aos trabalhos do IPAC. Na entrada do Foyer do TCA, o livro Festa da Boa Morte do IPAC será distribuído ao público. Além disso, 15 mascarados do Carnaval de Maragojipe e 15 músicos da Orquestra Popular de Maragojipe apresentam frevos e músicas baianas orquestradas.

BENS IMATERIAIS DA BAHIA – Toques de Orixás com 10 alabês e a dança de 10 baianas caracterizadas são outras atrações da programação que começa no Foyer e termina no palco do TCA. Alabês são ogãs (cargo) responsáveis pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos instrumentos musicais sagrados no candomblé. Integrantes da Festa do Bembé do Mercado de Santo Amaro, Lidro do Amor de São Francisco e os Mandus e Caretas da Festa Nossa Senhora D’Ajuda de Cachoeira.

O Carnaval de Maragojipe, as festas do Bembé e da Boa Morte são Patrimônios Imateriais da Bahia graças às pesquisas e dossiês elaborados por especialistas do IPAC. O Ofício das Baianas também foi patrimonializado e é protegido como um Bem Cultural em função do IPAC. Por fim, ainda no programa, a Marujada de Saubara e o bloco Cortejo Afro, que se apresenta com o Cortegil e o Núcleo de Ópera da Bahia, com show misturando o erudito e popular. Os cantores líricos cantam músicas de Gilberto Gil, sucessos como ‘Não Chore Mais’ e ‘Toda Menina Baiana’, e trechos da Ópera Treemonisha.

PROTEÇÃO – Os participantes destacam a importância do IPAC na proteção aos patrimônios culturais baianos. “Fazer parte do aniversário do IPAC é muito importante para nós Alabês, pois é o Instituto que cuida dos terreiros e da nossa cultura, por isso, é uma honra participar dessa homenagem”, afirma a secretária dos Alabês de Maragojipe, Rutiléia Campos. O IPAC tombou e registrou terreiros de candomblé em Maragojipe, São Félix e Cachoeira, lançando ainda livro e videodocumentário sobre o tema e conseguindo recursos para reparos nos terreiros.

Já o Núcleo de Ópera que funciona no Palácio da Aclamação por meio de convênio promovido pelo IPAC, lembra da sua história com o Instituto. “É importante para a gente fazer parte das comemorações do IPAC, pois o Núcleo de Ópera foi formado nesse instituto, além dele ceder o espaço para os nossos ensaios e divulgação, com certeza faremos um show muito lindo”, diz a produtora Renata Campos. Os mascarados do Maragojipe contam sobre suas participações. “Faremos manifestação popular, mostrando como os mascarados se divertem em forma cênica e bem festiva. O convite foi maravilhoso, soma e acrescenta ao nosso trabalho, além de valorizar os patrimônios da Bahia”, acrescenta o presidente da Associação dos Músicos Mascarados de Maragojipe, Sérgio Barreto.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Para o deputado estadual Rosemberg Pinto, o IPAC tem sido pioneiro em várias atuações, como quando foi o primeiro estado a proteger oficialmente um Ofício no Brasil, o Ofício de Vaqueiros. “Temos motivos suficientes para comemorar essa data, já que a autarquia do nosso Estado foi pioneira em diversas ações como, por exemplo, cuidar das manifestações populares como patrimônio cultural protegido pelo poder público, enquanto a Constituição Federal só veio tratar desse segmento anos depois, em 1988”, lembra o parlamentar.

O deputado nota ainda que o espaço escolhido para comemoração, o TCA, também é tombado como Patrimônio do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). “Além do Teatro Castro Alves, somente o Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, possui este título. Não podemos nos esquecer que o TCA é um dos mais importantes complexos culturais da América Latina”, diz Rosemberg.

A entrada para os 50 Anos do IPAC é gratuita e acontece mediante a lotação do espaço e retirada de ingressos na bilheteria do TCA. Apoio TCA e Fundação Cultural do Estado. Conheça ações do IPAC como Livros:

 

SERVIÇO:

Sessão Especial da ALBA pelos 50 anos do IPAC

Quando: 13 de setembro

Onde: Teatro Castro Alves – Praça Dois de Julho, s/n – Campo Grande

Horário: 19h

Entrada gratuita mediante lotação e retirada ingressos Bilheteria/TCA

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