“Imagino que muito homofóbico é gay enrustido”, diz ator Alexandre Nero

Genilson Coutinho,
03/12/2013 | 15h12

Na  novela das 19h, “Além do Horizonte”, da Rede Globo, o ator Alexandre Nero pode ser visto em duas produções cinematográficas na “rica”, a comédia do mordomo “Crô” como ele mesmo fez questão de pontuar que está em exibições nas principais salas de cinema do país diferente e na “pobre, porém, limpinha”, “Primeiro Dia de um Ano Qualquer”, filme de Domingos Oliveira, em cartaz em uma sala do Rio e uma de São Paulo.

No fraco “Crô” estrelado pelo rei dos pits, Marcelo Serrado vive o divertido e conhecido mordomo mais celebrado da televisão brasileira. Nero dá vida ao motorista homofóbico Baltarzar, o ator conta como foi viver essa experiência.

“O fato de ele ser assim tem a ver com a cultura brasileira, que é homofóbica, racista, machista… Qualquer preconceito é ignorância. Ignorância, do ato de ignorar, de não conhecer o outro lado. Não sou do tipo de generalizar, mas imagino que muito homofóbico é gay enrustido”, declarou em entrevista à Veja.

O ator disse ainda que acredita no filme do mordomo Crô, que fez sucesso na novela “Fina Estampa”, de Aguinaldo Silva, em 2012. “Todo mundo lembra muito dos personagens e estou apostando no filme”, afirmou.

Sobre o seu trabalho paralelo como cantor, Nero diz que tem mais liberdade na música do que em suas atuações em novelas.

“Na TV, as pessoas ficam reféns para um determinado trabalho e tentam se adaptar a ele da melhor maneira possível. Eu estava músico até começar a gravar a novela Além do Horizonte. Agora, estou ator”, concluiu.