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Idoso é detido após assédio e insultos lesbofóbicos em supermercado de Salvador

Genilson Coutinho,
28/02/2020 | 10h02

Genivaldo Quirino dos Santos, foi detido na tarde da ultima quarta-feira (26) e levado, por volta das 17h20, para a Central de Flagrantes, na avenida Antônio Carlos Magalhães, após praticar lesbofobia contra a chef de cozinha Nelly de Oliveira Alves, 30 anos, e a funcionária pública Luiza Machado Oliveira, 28. Ele também é acusado pelo casal de importunação sexual.

Entenda o caso:

De acordo com denúncia feita por Nelly, na sua conta do Instagram, tudo aconteceu após um cliente fazer gestos obscenos com a língua, e segui-las. Diante da situação, ela questionou o motivo, e o indivíduo partiu para agressão, com palavras de baixo calão e lesbofóbicas.
“Ele olhou para mim e começou a passar a língua entre os lábios, e veio andando atrás de mim. Perguntei o motivo daquilo, que eu não estava entendendo, e ele começou a ficar nervoso e a me chamar de sapatão, de forma extremamente vexatória, e chamando a atenção de todos no mercado. Estou bastante nervosa e nunca passei por algo parecido, é ridículo a mulher não poder colocar um short por medo do que vão achar”. Escreveu ela.
Nelly ainda relata a omissão do supermercado, que não se manifestou diante do ocorrido. “Eles simplesmente disseram que não poderiam fazer nada, o gerente só pediu que parasse de chamar a atenção do mercado e eu continuei filmando. Muitos vão se perguntar o que o gerente poderia ter feito no ato, falou que não podia conter, então perguntei pra ele que se tratasse de um roubo ou furto se eles também ficariam omissos?! Será que se eu estivesse na companhia de um homem, este senhor faria gestos com a boca e falaria assim comigo?”, questionou a vítima.

Em nota enviada ao Dois Terços , o Atakarejo respondeu às alegações e disse que preza pela segurança e respeito a todos os clientes :

Em relação às alegações acima, o Atakarejo informa que se ofereceu, a todo momento, para prestar qualquer ajuda. A rede não coaduna com nenhuma prática de discriminação social e racismo, preza pelo respeito e segurança dos seus clientes, ratificando isso através do seu código de conduta e procedimentos internos.