Notícias

I Marcha Estadual Contra LGBTfobia acontece neste domingo (17), em Salvador

Genilson Coutinho,
16/05/2015 | 13h05

basta-de-homofobia-cropped-5

A Iª Marcha Estadual Contra LGBTfobia da Bahia com o tema “ZERO violência contra LGBT! Por uma Bahia que respeite a Diversidade Sexual e de Gênero” vem exigir respeito e cidadania a população LGBT! O roteiro da Marcha foi pensado no intuito de visibilizar a luta, a arte e a resistência LGBT, reinvindicando a ocupação do espaço público e segurança para todxs. O percurso tem a concentração no Cristo da Barra às 14h e segue a partir das 15h com fechações, bandeiras e intervenções artísticas até o Porto da Barra. Essa ação faz parte do III Maio da Diversidade, construída pelo movimento LGBT da Bahia através do Fórum Baiano LGBT e da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais – ABGLT. Coletivos de várias partes do estado vão ocupar as ruas e colorir as ruas da Barra, em Salvador. No Brasil, historicamente o movimento LGBT, organizado através da ABGLT, realiza a Marcha Nacional Contra a Homofobia, em Brasília. Em 2015, movimento LGBT realizará no dia 17 de maio marchas estaduais como prévias para a grande marcha nacional a ser realizada em dezembro, no período pré-conferência Nacional de Direitos Humanos. A Bahia é um dos estados que lideram o ranking de crime de ódio lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), ocupando o sexto lugar no país e a segunda na região Nordeste. No primeiro trimestre do ano de 2015 foram contabilizados 10 casos de homicídio com causa homo/lesbo/bi/transfóbica, sendo todos cometidos pelo uso abusivo de força e atos de crueldade. São milhões de baianas e baianos – aproximadamente 1,7 milhões, considerando o censo de 2010 – que vivenciam cotidianamente situações de violência e violações de direitos da família, na escola, no trabalho, nas ruas, nos serviços públicos e privados e em outras instancias da vida social, em decorrência de uma sociedade heteronormativa. Segundo dados do Disque Direitos Humanos (2012, SDH/PR), cerca de 26,1% das denuncias se referem às violações de direitos movidas por um discurso de ódio contra LGBT. Isso demonstra o quanto a LGBTfobia é uma violência sistêmica e que está presente no cotidiano das pessoas LGBT. Zero Violência contra LGBT, por mais políticas para a população LGBT, por uma diversidade sexual e de gênero e que respeite e promova a vida e a cidadania de todas e todos são as bandeiras dessa marcha.