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Homem agride e atropela transexual na Zona Oeste do Rio

Genilson Coutinho,
29/03/2018 | 13h03

Grazyelle Silva passou por cirurgia para reconstruir a perna esquerda (Foto: Divulgação)

Uma transexual, identificada como Grazyelle Silva, de 28 anos, foi agredida e atropelada por um homem na manhã de domingo (18). A vítima denunciou o caso de transfobia a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (Ceds Rio), na tarde da ultima  segunda-feira (26).

Grazyelle contou à Ceds Rio que foi agredida na Avenida das Américas, em frente à estação do BRT Vendas de Varandas, na altura de Santa Cruz, por volta das 7h. Ela foi levada ao hospital Municipal Pedro ll, em Santa Cruz, e passou por cirurgia para reconstrução da perna esquerda.

Em conversa com servidores da Ceds Rio, ela se mostrou indignada com o crime de ódio e pediu justiça. A transexual afirmou que vai prestar queixa em uma delegacia na próxima quarta-feira (28).

“Não fui na delegacia porque ainda estou imobilizada na cama, não me sinto segura, ele me agrediu, depois acelerou o carro e me jogou longe”, disse.

Mesmo ferida, Grazyelle conseguiu fotografar o rosto do suposto agressor e a placa do carro. A Coordenadoria lamentou o crime e disse que vai acompanhar o caso. O Coordenador Especial da Diversidade Sexual, Nélio Georgini, afirmou que vai intensificar campanhas de conscientização contra a LGBTfobia na Zona Oeste. “

Vamos fortalecer nossa campanha contra o preconceito em parceria com as Superintendências Regionais”.

Três transexuais agredidas em menos de um mês

No início de março, uma travesti e uma mulher transgênero foram baleadas, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A travesti, identificada como Alessandra da Silva Alves, de 50 anos, não resistiu aos ferimentos e foi encontrada morta por policiais do 40º BPM e policiais civis.

A mulher trans, identificada como Nayara Montenegro, foi atingida por disparos no abdomen e na coxa e, de acordo com testemunhas, foi socorrida para o Hospital Municipal Rocha Faria, no mesmo bairro, e conseguiu sobreviver.

A Ceds Rio acompanhou o caso, mas disse não ser possível afirmar que o ataque foi transfóbico.