Grupo Gay das Residências da UFBA divulgou nota de repúdio contra as declarações discriminatória do Professor Raymundo Torres

Genilson Coutinho,
27/01/2014 | 10h01

O Grupo Gay das Residências da UFBA divulgou no último domingo 26, uma nota de repúdio referente as declarações do professor Raymundo Torres durante um debate sobre sexualidade e homofobia no Facebook.

Veja a nota 

O Grupo Gay das Residências (GGR), entidade representativa dos LGBTs das Residências Universitárias da UFBA, vêm através da presente nota manifestar seu repúdio as declarações homofóbicas e discriminatórias do Prof. Raymundo Torres, da Faculdade de Arquitetura da UFBA.

Através de um bate papo sobre questões de gênero e homofobia em uma rede social (Facebook), o professor universitário Raymundo Torres disparou uma serie de ofensas ao escritor ativista gay baiano Hugo Porto. Declarações como “Sou da linhagem masculina e não tenho filho bicha, portanto a temática do zoo não me interessa” e “sou contra promoção da homossexualidade em meios abertos, acessíveis a menores” revelam o grande preconceito e ignorância desse professor em relação à comunidade LGBT.

Entenda o caso:

“Sou de linhagem masculina e não tenho filho bicha”, diz professor a escritor baiano

É lamentável que em pleno século XXI ainda existam na Universidade, que é um lugar plural de ideias e conhecimentos, pessoas com pensamentos de caráter homofóbico. As declarações feitas pelo professor Raymundo Torres, mostra quão forte é o preconceito dentro da universidade. Desta maneira o GGR, pede a Magnífica Reitora Profª Drª Dora Leal, a abertura de inquérito administrativo por indícios de quebra da ética docente.

Uma universidade justa e igualitária só será formada quando o respeito pelo outro fizer parte do nosso cotidiano. Não iremos nos calar diante de quaisquer manifestações de preconceito, fruto da ignorância e do desrespeito ao próximo.

Desta forma, lamentamos e repudiamos profundamente as palavras escritas pelo professor Raymundo Torres e encerramos a presente nota afirmando que devemos nos organizar contra toda forma de opressão e violência homofóbica, repudiando tais atitudes e fortalecendo a luta pela igualdade de direitos, independente da orientação sexual de cada um, para assim iniciar a superação dos preconceitos existentes em nossa sociedade.

 

Atenciosamente,

 

Yuri Amorim

Presidente do Grupo Gay das Residências (GGR)