GGB divulga orientação para pessoas que se prostituem em vias públicas

Genilson Coutinho,
07/10/2011 | 14h10

20 procedimentos orientam como agir antes e durante com o cliente sexual

Mesmo que pese a não existir na legislação brasileira o crime de prostituição essa é uma atividade que não é socialmente aceita pela sociedade. Por outro lado o cidadão, homem, mulher ou travestir são livres e donos dos seus corpos e dele podem dispor inclusive para a pratica da prostituição individual e voluntária. Por outro lado o Código Penal Brasileiro a exploração da atividade é punida pela Lei Brasileira, essa é a interpretação legal da situação.

O Grupo Gay da Bahia (GGB) entende que a prostituição remete a uma questão social e econômica, hoje a prática dessa atividade não é a mesma de anos anteriores, devido ao aumento da violência urbana acrescida do uso de outras práticas que são passiveis de punição legal. Antes era comum ouvir relatos de pessoas se prostituíam com finalidade de acréscimo de renda e manter a família. O GGB entende que nos dias atuais a situação tomou outro rumo e já não são mais esses os motivos que levam as pessoas a prostituição, especialmente de rua, considerada uma das mais vulneráveis, seja para quem se prostitui seja para quem busca esses serviços oferecidos nas ruas.

Mesmo sabendo que a mudança de hábitos e comportamentos é algo que depende exclusivamente da boa vontade das partes envolvidas, que essa prática pode ser muito violenta em relação à integridade física e material das partes, a entidade, a partir de relatos envolvendo travestis e clientes na cidade de Salvador, resolve divulgar orientações tanto para o possível cliente quanto para o “profissional do sexo”, isso inclui, travestis, mulheres e homens prostitutos.

O GGB sugere aos clientes que eles tenham o entendimento de que a prostituição de Rua é algo considerado perigoso, existem pessoas que trabalham de forma profissional e outras que apenas se travestem para puder exercer a prática criminosa do furto e similares. Os usuários desses serviços devem dar preferência àqueles que prestam serviços com referencia, ao exemplo dos classificados de jornais onde essas pessoas são qualificadas com endereço residencial e documentos de identificação pessoal. Evitando assim adquirir esses serviços em vias públicas. O GGB orienta também aos que preferem essa prática que evitem levar consigo quantia relativa de dinheiro ou cartão de crédito, levar apenas o essencial para pagar o serviço, refeição e acomodações. Também é importante manter uma postura de cordialidade e não ofender e nem humilhar aquela pessoa com atitudes e gestos, isso pode ser motivo de conflito, assim como o não cumprimento do pagamento da prestação do serviço sexual.

As orientações oferecidas pela entidade aos “profissionais do sexo” fazem referencia a momentos distintos que envolvem a situação da contratação e prestação do serviço que devem ser observadas por aqueles “profissionais do sexo” que atuam de forma profissional. É importante observar antes de sair com o cliente, negociando com o cliente e dicas de quando estiver com o cliente que se referem à prevenção e a saúde. A iniciativa visa fazer com que os consumidores desses serviços reflitam não somente sobre suas práticas, mas também a vulnerabilidade social que envolve muitas pessoas que passam noites nas ruas oferecendo-se sexualmente. Confira as dicas;

Dicas para antes de sair com o cliente

1) Decida o que você aceita fazer e o que não aceita.

2) Decida o lugar para onde vocês irão, não deixe a escolha para o cliente.

3)Recuse clientes estranhos, muito alcoolizados e os que fazem pedidos malucos.

4) Sempre tenha a mão camisinhas, lubrificante e lenços descartáveis.

5) Permaneça em alerta e preste atenção no comportamento do cliente.

6) Faça um acordo sobre o preço do programa e o lugar antes de sair com o cliente, ao contrário poderá haver problemas sérios.

7) Exija a utilização da camisinha do inicio ao final da transa.

8) Se você batalha sozinha, faça de conta que um(a) colega esta na proximidade (finja que esta falando com ele(a).

9) Tome a direção das operações.

10) No carro, feche a porta e verifique imediatamente que ela pode se abrir de novo faça como se ela estivesse mal fechada);

11) Observe com atenção o cliente: não é tarde demais para voltar atrás e desistir do programa se você presente que vai ter problema.

12) Coloque o dinheiro dele onde ele possa vê-lo, mas nunca com o resto das suas notas de dinheiro.

Negociando com o cliente

13) Se o cliente lhe dar uma má impressão sobre sua calçada (seu território), será ainda pior, uma vez dentro do carro ( território dele).

14) Ao se aproximar do carro, conserve uma distância de segurança para evitar as agressões, facadas, cuspidas, bombas de gás, jatos de extintores de incêndio no rosto etc..

15) Assegure-se de que o cliente esteja sozinho no carro.

Dicas para quando você já estiver com o cliente

160 Tente negociar as relações sexuais sem penetração. Procure utilizar as mãos, a boca, os seios, as nádegas…          A simulação pode ser possível: entre as coxas com a ajuda da mão, por exemplo. Tem clientes que nem sabem se ta penetrando ou não, dessa forma.

17) Utilize preservativo lubrificado: certifique-se de que tenha o selo do INMETRO e a data de validade na embalagem, o preservativo salva vidas.

18) Para convencê-lo, fale da segurança dele, de sua segurança, do tesão dele (com um preservativo, dura mais tempo, os preservativos o/a excitam…. Se o cliente recusar preservativo e você aceitar trabalhar sem, a simulação é então indispensável para evitar o contato do esperma com suas mucosas vaginais.

19) Penetração muito profunda pode causar traumatismos. Coloque a sua mão na base do pênis permitindo limitá-lo na profundidade e garante a posição correta do preservativo.

20) Após a ejaculação, segure firme o preservativo enquanto o cliente tira o pênis, para que o esperma não escorra para dentro de você

Fonte: GGB