GGB comemora prisão do assassino de Augusto Omolú

Genilson Coutinho,
05/08/2013 | 23h08

O grupo Gay da Bahia (GGB) comemorou no nessa segunda-feira (5) a prisão de Cleveson Santos Teixeira, 20 anos, assassino confesso do coreografo Augusto Omolú, morto em 2 de junho, dentro de sua casa em Buraquinho, Lauro de Freitas. O corpo do bailarino foi encontrado em seu quarto, com diversas perfurações de faça.

Os dois se conheceram na noite anterior ao crime, em um bar na Estrada do Coco, sentido bairro de Portão, e saíram do recinto por volta de 1h da manhã. O GGB acompanhou o caso desde o primeiro momento por meio de fontes populares residentes no bairro de Portão.  Marcelo Cerqueira, presidente da entidade, concluiu que o crime teve motivação homofóbica.

De acordo com a entidade, a homofobia é um câncer que deve ser combatido por todos. “A homofobia faz com que gays e bissexuais trilhem o caminho da clandestinidade, envolvendo-se com pessoas desconhecidas para finalidade sexual em momentos e condições vulneráveis”, declarou Cerqueira. Ele destacou ainda que, nos dias atuais, muitos homens se relacionam sexualmente com outros homens por prazer erótico sem, contudo, considerar-se homossexual, entendimento camuflado provocado pela homofobia internalizada pelo próprio gay e externa da sociedade.

O GGB alerta para o fato de que não é mais possível levar desconhecidos para casa ou para lugares ermos, fora de circulação de pessoas. Também orienta que, no caso de se levar alguém para casa com finalidade sexual,  é importante que outras pessoas possam ver o acesso de ambos, o que não é garantia de segurança absoluta, mas  inibe alguma possível ação de violência física ou morte. Uma dica importante nesses casos é não permitir que a companhia circule livremente na casa, evitando assim furtos, bem como que o visitante pegue algum objeto premeditadamente para atingir o dono da casa.

O GGB parabeniza o trabalho intenso feito pelos investigadores do Serviço de Inteligência da 23ª Delegacia de Polícia Civil de Lauro de Feitas sob o comando do delegado titular  Joelson Reis e da delegada  Dilma Leite, que resultou na prisão do homicida. “É importante aplicação severa da leia e sua publicidade para desestimular que novos crimes possam acontecer”, conclui Marcelo Cerqueira.

Foto: Reprodução Boção News