No Circuito

Teatro

Gayboa celebra mês da Diversidade ; confira a programação

Genilson Coutinho,
09/09/2018 | 16h09

Chega ao Teatro Gamboa Nova o espetáculo teatral “Uma Janela Para Elas” – um texto original estrelado por elenco inteiro de drag queens da cena soteropolitana. As apresentações acontecem dia 05 (quarta), às 19h e dias 23 e 30 (domingos), às 17h, com a participação de sete performers.

A trama se passa em um futuro distópico no qual, dez anos após a vitória dos conservadores nas urnas, o Brasil de 2028 vive uma ditadura que cerceia os direitos de expressão de gênero. A arte drag está proibida e os seus palcos fechados, artistas transformistas recebem um convite anônimo para reencontrar suas personagens em um teatro abandonado e, juntas, discutem temas caros à comunidade LGBTQ.

Uma iniciativa da veterana do transformismo Valerie Orarah, o projeto partiu do desejo de levar a nova geração do transformismo para uma plataforma maior que os bares e boates da cidade. “Não é só o público que vai descobrir os talentos dessas meninas; elas próprias descobriram talentos que não conheciam, no processo” diz Valerie.

A primeira temporada da montagem aconteceu em agosto, no Teatro do IRDEB. O espetáculo conta com direção de Paula Lice (indicada ao Prêmio Braskem de Teatro e co-criadora do documentário “Jéssica Cristopherry”), texto do publicitário Felipe Politano e apoio do Ateliê Jorge Andrade, Loulou Couture, Teatro IRDEB, Concurso Super Talento e Bar Caras e Bocas.

Serviço

O que: Uma Janela para Elas – Paula Lice

Quando: 05/09 (quarta) – 19h + 23 e 30/09 (domingos) – 17h

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia com comprovante) – bilheteria abre às 17h

Onde: Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos (atrás do Passeio Público, ao lado do quartel)

Informações: 71 3329 2418

Duração: 60 minutos

Para saber mais: http://www.pequenasaladeideias.com

Classificação: 16 anos

 Ficha Técnica

Direção: Paula Lice

Texto: Felipe Politano

Iluminação: Vinicius Bustani

Elenco: Ah Teodoro, Angelina Meels, Flaminga, Milla Hunty, Minx Moon, Sasha Heels e Valerie Orarah

Criança Viada em nova temporada

Solo de grande sucesso do ator Vinicius Bustani, que estreou no Gamboa Nova em maio deste ano,  “Criança viada ou de como me disseram que eu era gay”, retorna ao palco do Teatro dentro do Setembro é GayBoa, que contempla várias atrações conectadas ao debate de gênero. Serão oito apresentações, a partir do dia 07, todas as sextas e sábados.

Desde seus ensaios abertos, a obra vem despertando grande curiosidade e participação do público soteropolitano, já que mistura relatos biográficos com cenas de ficção. Na peça escrita pelo próprio Vinicius, ele usa sua história com humor e sarcasmo como ponto de partida para mostrar as dificuldades que viveu como uma criança LGBT, que ainda nem sabe o que é, mas já é apontada por outras pessoas, passando pela adolescência e chegando na idade adulta. “A gente precisa falar sobre isso e fazer uma revisão de nossos hábitos para não continuar criando gerações de crianças solitárias, confusas, com sensação de isolamento e falta de lugar no mundo” – reflete.

A motivação para o espetáculo surgiu logo após o ator contar aos pais, familiares e amigos sobre sua sexualidade. “Depois de conversar com eles, disse para ficarem à vontade para perguntar o que quisessem” – lembra. Foram questões, muitas vezes tão distantes da realidade, que ele viu nelas combustível para a peça. “Resolvi fazer um espetáculo em que eu pudesse mostrar com minha história que ser gay é mais natural e simples do que parece” – pontua.

“Quando Vinicius me mostrou todo o material que tinha coletado, achei que poderíamos ir pelo caminho do biodrama e do teatro documental” – conta Paula Lice, que assina a direção e dramaturgia do espetáculo. “Acredito que para falar sobre um tema tão complexo como sexualidade é fundamental arriscar um mergulho em sua própria experiência nua e crua. Enfrentar esse tema através das estratégias do biodrama é estreitar laços entre o público e a cena” -finaliza.

Para mais informações siga Criança Viada no Instagram: @crianca_viada. Os ingressos podem ser comprados no sympla.com.br/criancaviada ou na bilheteria do teatro nos dias de apresentação.

 Serviço

O que: Criança Viada ou de como me Disseram que eu Era Gay

Quando: 07, 08, 14,15 , 21, 22, 28 e 29 /09 (sextas e sábados) – 19h

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia com comprovante) – bilheteria abre duas horas antes

Onde: Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos (atrás do Passeio Público, ao lado do quartel)

Informações: 71 3329-2418

Para saber mais: https://www.instagram.com/crianca_viada/?hl=pt-br

Duração: 50 minutos

Classificação: 14 anos

Ficha Técnica:

Texto e atuação: Vinicius Bustani
Direção e dramaturgia:
Paula Lice
Direção de arte:
Lia Cunha e Tiago Ribeiro
Direção musical:
Heitor Dantas

Desenho de Luz: Larissa Lacerda
Assessoria de Comunicação:
Daniel Silveira

MÚSICA

Diva Box Canta Cazuza

Cazuza, grande ícone da música e do debate sobre gênero de sua época, completaria 60 anos de vida no último dia 04 de abril. Em dez anos de carreira, o poeta de trajetória meteórica marcou o país com suas músicas, sua voz e sua atitude. Inspirados pelo legado do artista, o grupo Diva Box apresenta suas releituras dos maiores sucessos de Cazuza, dia 06, 13, 20 e 27 (quintas), enchendo de som a programação do Setembro é Gayboa.

Passando desde as primeiras canções como “Todo Amor Que Houver Nessa Vida” até os clássicos como “Faz Parte do Meu Show” e “O Tempo Não Para”, o trio vocal segue fazendo suas misturas impensáveis através dos mashups mais improváveis de divas pop, incluindo bases de cantoras como Amy Winehouse e Lady Gaga, passando pelas girl bands Little Mix e Spice Girls.

O Diva Box nasceu em meados de 2013 no Cabaret 54, bar que surgiu com a proposta de revitalizar a noite da Carlos Gomes junto ao Âncora do Marujo. O convite do dono visou diversificar as atrações da noite e, Fernando Ishiruji, mentor do projeto, trouxe a proposta de um grupo vocal que cantasse divas da música pop mundial.

De lá pra cá a banda passou por diversas transformações, mudou de conceito e passou a trabalhar com mashups, um desafio musical que se propagou pela internet que consiste em utilizar a base de uma música para cantar outras por cima, criando assim misturas inusitadas. Com isso, o grupo mistura gêneros e artistas dos mais variados estilos, desde o pop de Madonna ao jazz de Amy Winehouse, passando por cantoras brasileiras como Ivete Sangalo e Maria Bethânia.

 Serviço

O que: Show Diva Box Canta Cazuza

Quando:, 06, 13, 20 e 27  (quintas) – 19h

Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia com comprovante) – bilheteria abre duas horas antes

Onde: Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos (atrás do Passeio Público, ao lado do quartel)

Informações: 71 3329-2418

Para saber mais: https://www.youtube.com/diva_box

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos

 Ficha Técnica

Realização e atuação: Gleison Richelle, Mario Bezerra, Fernando Ishiruji

BATE-PAPOS E DOCUMENTÁRIO

O olhar da foto-ativista Adeloyá Magnoni invade o GayBoa

“Queremos inundar o Setembro é GayBoa nessa provocação de repensar sobre os padrões normativos de gênero e sexualidade” – assim explica Adeloyá Magnoni que, durante o mês da diversidade, o Setembro é Gayboa, assina a exposição fotográfica do espaço, exibe o documentário sobre a história de seu tio e outros trans, o Cores e Flores para Tita, além de promover três importantes bate-papos em defesa ao respeito e cuidado social e legal com as diferenças de gênero. Serão três quartas (12,19 e 26/09) e todos podem participar gratuitamente ou colaborando com o “pague quanto puder” na exibição do doc, no primeiro encontro. Acompanhe o resumo abaixo:

Bate-papo Corpóreo + Documentário Cores e Flores para Tita (12/09 às 18h00)

O filme aborda a transgeneridade a partir da exposição que Adeloyá Magnoni realizou em homenagem ao seu tio Renato “Tita”, homem trans que foi suicidado em 1973, aos 15 anos de idade. A partir de depoimentos de pessoas trans que participaram da exposição, o documentário constrói um diálogo entre o sofrimento enfrentado por Tita há mais de 40 anos e a luta contra à transfobia nos dias atuais. Tem direção, roteiro de Susan Kalik, que com competência conseguiu fazer um longa sem aporte financeiro.

 

Foi premiado por melhor roteiro na etapa regional da Mostra SESC de Cinema, e passou para a etapa estadual e nacional, tendo sido veiculado em todas as capitais brasileiras. Com uma linguagem sensível e contundente, “Cores e Flores para Tita” tem tocado de maneira profunda e transformadora a pessoas do país inteiro. Após a exibição haverá um breve bate-papo com a foto-ativista Adeloyá Magnoni e o trans-ativista Diego Nascimento, que participou de todo o processo. A exibição terá a entrada no sistema Pague Quanto Puder com a verba revertida para o tratamento de saúde do ativista Diego Nascimento.

Bate-papo Sexualidades Monodissidentes –  Eu não estou confus@! (19/09 – 18h30) 

Quando uma pessoa diz ser bissexual é muito comum ouvir: “você só está confusa, isso é coisa de quem tem medo de se assumir gay”. Já quando a pessoa se afirma panssexual, é normal dizerem: “você transa com árvores?” e pior ainda é quando a pessoa é polissexual: “o que é isso?”.Para quem é monossexual imaginar que alguém se atrai por mais de um gênero parece no mínimo confuso, constantemente é taxado como promíscuo e muitas vezes é julgado como enrustido de alguma das monossexualidades (gay ou lésbica).

Este bate-papo tem o intuito de dar voz a pessoas que se atraem por mais de um gênero, compreender um pouco mais de suas especificidades e ouvir sobre a vivência de quem enfrenta o julgamento e a incredulidade tanto de héteros quanto de gays e lésbicas. “Já que o B da sigla não significa biscoito, vamos falar sobre bifobia e o apagamento das identidades sexuais monodivergentes” – completa Adeloyá.

Percepções Tardias das Dissidências Sexuais –   Cheguei atrasada no vale! (26/09 – 18h30)

A heteronorma catequiza para um padrão rígido de sexualidade e castiga impiedosamente quem ousa olhar para além dele, o que faz com que algumas pessoas nem se questionem muito em relação à sua sexualidade. “Principalmente, se houver alguma atração pelo gênero aposto, arredonda-se tudo para a heterossexualidade e pronto, afinal, ela, a heterossexualidade, é compulsória!” – enfatiza a foto-ativista.

O Bate-Papo Corpóreo do dia 26 vai abordar justamente as experiências de pessoas que se perceberam tardiamente de uma sexualidade dissidente e fora da heteronorma, será composto por pessoas que toparam despir a alma e compartilhar sua preciosa intimidade, seus medos, dúvidas, dores e delícias de ver um mundo novo se abrir, repleto de sensações que só quem tem coragem de romper com o padrão está autorizado a sentir.  O papo tem produção e condução da foto-ativista Adeloyá Magnoni, que vivencia em primeira pessoa essa experiência e convidou amigos e amigas para uma conversa descontraída e gostosa sobre coragem, permissão e entrega.

 Serviço

O que: Debates sobre gênero no GayBoa: Bate-papos e exibição de documentário

Quando:, 12/09/2018 –  (quarta) – 18h – Documentário e Bate-papo Cores e Flores para Tita (pague quanto puder)

                 19/09/2018 –  (quarta) – 18h30 – Sexualidades Monossidentes – Eu não estou confus@!

                 26/09/2018 –  (quarta) – 18h30 – Percepções Tardias das Dissidências Sexuais – Cheguei atrasada no vale!

Quanto: Gratuito

Onde: Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos (atrás do Passeio Público, ao lado do quartel)

Informações: 71 3329-2418

Para saber mais: https://www.facebook.com/adeloyamagnonifotoscomalma/

Duração: cerca de 90 minutos (cada evento)

Classificação: 14 anos

 Ficha Técnica

Realização: Adeloyá Magnoni e convidados

PERFORMANCE

Sargaço com Frutífera Ilha

Frutífera Ilha é uma Drag Queen, performer, artista visual e ‘artivista’ que, trabalhando sob a ótica do afro futurismo, busca corpos reais e a naturalização de sua nudez, revelando o corpo estranho, quase feminina, negra, marginalizada e monstruosa, que consome ao se deixar consumir. Dentro desta proposta traz ao Setembro é GayBoa o solo performático “Sargaço”.

 O trabalho aborda a ancestralidade futurista, transcendendo corpos, espaços e imagens “Passado, presente, futuro, espelho rasgando feridas que nunca foram nossas enquanto a boca que tudo come devora subjetividades e se cria em potencia” – completa poeticamente : “o convite é ao oceano de nós mesmos, deixe sua voz ecoar, corpos reais, pós humanas, pretas, faveladas, transfiguradas, loucas, corpos que amam, pulsam e existem, dissidências não mais adestradas, donas da própria fome devoram um banquete ancestral em oferenda aos corpos que estão por vir“.

Segundo Frutífera e Mamba Negra (Diego Alcântara), que assina a direção performática, Sargaço é como um xirê do novo tempo, numa necessidade de novos corpos que preencham um novo mundo em estado performático.

Serviço

O que: solo performático Sargaço – Frutífera Ilha

Quando: 16/09 (domingo) – 17h 

Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia com comprovante) – bilheteria abre uma hora antes

Onde: Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos (atrás do Passeio Público, ao lado do quartel)

Informações: 71 3329-2418

Duração: 60 minutos

Para saber mais: https://pt-br.facebook.com/Frutilha/

Classificação: Livre

 Ficha Técnica

Roteiro, Performance e direção geral: Clarissa Nunes AKA Frutífera Ilha)

Direção Performática: Diego Alcântara AKA Mamba Negra

Fotografia e Audiovisual: Levi Barbosa e Victor Mota

Sonorização : Ah Teodoro

EXPOSIÇÃO

 Cores e Flores para Tita

O projeto da foto-ativista Adeloyá Magnoni fica em cartaz no Teatro Gamboa Nova durante o mês da diversidade, o Setembro é GayBoa, de quarta a domingo. Seu objetivo é questionar a naturalização das performances binárias, cis e heteronormativas, com ênfase na utilização de fotografias como dispositivo de empoderamento de pessoas trans e travestis, denunciando também o genocídio dessa população e a falta de políticas públicas contundentes na defesa de seus direitos.

Nasce em homenagem ao tio da artista, um homem trans suicidado em 1973, após uma sucessão de violências físicas e emocionais. Entre as várias ações, o projeto gerou uma oficina de fotografia exclusiva para pessoas trans e travestis que culminou em “Solidões Trans e Travesti”, exibida no Teatro Gamboa Nova em março de 2016, a primeira exposição totalmente composta por pessoas trans e travestis, tanto na captação das imagens quanto sendo fotografadas.

Com o nome “A Transgeneridade e a Ocupação dos Espaços Negados”, houve também exposições itinerantes acompanhadas de palestras feitas por uma pessoa trans e pela fotógrafa em escolas, faculdades, espaços de arte e cultura.  A exposição de grande porte foi lançada no Teatro Gregório de Mattos com as fotos divididas em 3 etapas: Masculinidades, Feminilidades e Não-Binaridades. São 24 pessoas fotografadas, 8 em cada etapa que, além das fotos, apresenta fragmentos autobiográficos que acompanham as imagens, falando do difícil desafio de viver fora dos padrões.

Além das imagens, a exposição apresenta algumas instalações, como a “parede dos horrores”, que é um aglomerado de etiquetas semelhantes àquelas usadas nos necrotérios, contendo centenas de nomes, idades, localização e causa de morte de pessoas trans e travestis. Outra instalação é a da roupa preta, em detrimento do vestido de noiva, fazendo alusão ao mistério que envolve a morte do tio da fotógrafa. “Após anos tendo sido enterrado com um vestido de noiva, mesmo pedindo em sua carta de despedida por uma roupa preta masculina, 20 anos após seu enterro, ao ter seu caixão exumado, não havia nenhum vestígio do vestido, mas a roupa preta que haviam dobrado e colocado junto no caixão, estava intacta” – relata Adeloyá.

Serviço

O que: Exposição Cores e Flores para Tita_Adeloyá Magnoni

Quando: de 01 a 30/09/2018 (quarta a sábado das 16h às 19h) + domingo (das 15h às 17h)

Quanto: gratuito

Onde: Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos (atrás do Passeio Público, ao lado do quartel)

Classificação: 14 anos

Ficha Técnica:

Realização: Adeloyá Magnoni e parceiros

CINEMA

 Mais um mês com O Gongo

Sucesso na internet, o canal de videos sobre temas contemporâneos tratados com muito humor, O Gongo firma nova parceria com o Teatro Gamboa Nova. A cada semana serão exibidos alguns curtas presentes no canal, antes dos espetáculos, dentro do CineGamboa.

O Gongo é um canal de humor na Bahia, mas que faz comédia com piadas que vão além do contexto regional. Textos sobre o cotidiano, temas atuais e comportamento, além de conteúdo nonsense. A equipe é formada por Rafael Medrado, Fábio Vaz, Jarbas Oliver e Eduardo Oliveira, profissionais de artes e comunicação que cultivam o humor como ferramenta diária.

Serviço

O que: Exibição de vídeos semanal de O Gongo

Quando: de 01 a 30/09/2018 – qua a dom – antes dos espetáculos com autorização das produções

Quanto: gratuito

Onde: Teatro Gamboa Nova – Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos (atrás do Passeio Público, ao lado do quartel)

Informações: 71 3329 2418

Para saber mais: www.ogongo.com.br

Classificação etária: livre

 Ficha Técnica:

Equipe : Rafael Medrado, Jarbas Oliver, Fábio Vaz, Eduardo Oliveira

Realização: O Gongo + Teatro Gamboa Nova