Guiga Barbieri vai disputar Miss Brasil Gay em Juiz de Fora em 2012

Genilson Coutinho,
12/10/2011 | 03h10

Na madrugada de ontem (11), véspera do Dia das Crianças, foi escolhida a Miss Universo Gay no Teatro Jorge Amado na Pituba. De frente para um dos cartões postais de Salvador, a Praça da Igreja Nossa Senhora da Luz, reuniu-se a sociedade LGBT soteropolitana, admiradores da homocultura, jornalistas, fotógrafos e familiares para escolher a bela transformista.

A gaúcha Guiga Barbieri, nome artístico do arquiteto Rodrigo Freijo de 27 anos, foi eleita a Miss Universe Gay 2011. Sob protestos e vaias da plateia, Barbieri, que  representava o Brasil no concurso, levou o título e garantiu vaga direto ao Miss Brasil gay 2012, em Juiz de Fora/MG.

Apresentado pela diva Dion, o Miss Universe Gay 2011 teve performances do cantor Alex Furtado, Valerie O’rarah, Lyon Scheneider, Saratielly Koslowisky, Gilvan – cover de Ney Matogrosso e por aí vai.  Referências a divas da cultura cinematográfica americana e da cultura pop permearam a noite. Citações a Audrey Hepburn, Lisa Minelli, Tina Turner, Cher e Whitney Houston, ícones do poder feminino deram brilho e glamour à noite de avaliação de beleza e graciosidade.

Cercadas por uma competitividade contida, pois preservar a imagem pública faz parte do dever de uma Miss, as moças foram examinadas em critérios como elegância, simpatia, aceitação pela plateia, fotogenia e de acordo com seus trajes como roupa de gala e traje típico por país (a cada uma foi atribuído um país para representar).

Miss Colômbia foi certamente a mais premiada da noite, pois saiu de lá com os títulos de Miss Elegância, Melhor Vestido de Noite e o 3º lugar do Miss Universo. Houve, porém, polêmica após anunciada a grande vencedora da noite. Alguns membros do júri reclamaram não ter votado na Miss Universo anunciada como vencedora e levantaram a possibilidade de manipulação dos resultados. Infelizmente, a noite terminou em um clima muito tenso.

Os concursos de beleza servem a uma função, que é a de alimentar sonhos e principalmente por isto devem ser levados a sério, pois está em jogo desejos e anseios das pessoas. Nós, do Dois Terços, torcemos para que no futuro, permaneça esta concepção de concursos de Miss:  um lugar para sonhos se tornarem realidade, porém com ética e integridade.

Foto: Genilson Coutinho

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