Raio-X de esqueleto com objeto no ânus gera polêmica na internet

Genilson Coutinho,
19/10/2011 | 12h10

GGB acredita que comentários refletem homofobia e falta de cultura sexual

A foto acima aparenta ser uma lámina de raio-X de um possível corpo humano com uma garrafa de refrigerante introduzida no ânus e tem gerado muita polêmica na internet através dos sites de relacionamento. A imagem consta no álbum no Face do apresentador Tino Júnior do Rio do Janeiro com a seguinte legenda “Acabou de dar entrada no hospital desse jeito. E ainda disse que não era essa Coca-Cola toda !!! Que isso FERA !!!”  a frase “ que é isso ferra” consta escrita em cima da imagem do esqueleto, ao certo não se sabe se é uma montagem ou foi um caso real que aconteceu e o apresentador teve acesso a foto ou recebeu de alguém.

Em seu álbum constam outras imagens irreverentes, ao que parece algo bem ao seu estilo. A imagem tem circulado e já foram 275 compartilhamentos, 408 pessoas já curtiram e mais 249 deixaram comentários dos mais variados. O que chama atenção a tudo isso de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB) é o teor de homofobia das postagens. O internauta  de prenome (usaremos apenas as iniciais por ética profissional) A.N deixou a seguinte postagem. “E uma bicha velha. Sinais de osteoporose e prótese femural”,escreveu. Postagem semelhante foi colocada por outro internauta que mais apelativo “No mínimo esse ai não tem o manual do ser humano pra erra a boca..e tomar coca justo por ai…ksksk”, escreveu E.T.A

Por ouro lado há quem defenda a prática que na internet existe até sites com essa finalidade que pode ser encontrado com o nome de “Glasses” que significa vidro. O internauta J.L.T escreveu seu ponto de vista e disse “Amadores, já passeia da Aquários” escreveu em tom de descontração fazendo referencia a água adoçada que leva o nome. O GGB acredita que essa é uma forma de estimulação sexual perigosa, contudo ainda muito praticada por homens e mulheres em busca de prazer solitário ou não. A orientação é que as pessoas que praticam devem evitar objetos de vidros que possa ferir ou dilacerar bem como outros objetos que não tenham base de apoio.

O GGB acredita também que a repressão e a homofobia interna faz com que muitos introduzam leguminosos e esses objetos em seu corpo através do ânus como estimulante, a entidade não vê nada de anormal a não ser o fato de que essas pessoas deixam de fazer a opção de usar prótese peniana vendidas nos sex shop de todo o Brasil por essas formas perigosas. A ignorância o medo e a vergonha atuam na mente dessas pessoas que se sentem constrangidas ao entrar em uma dessas lojas nas grandes cidades, exceto nas zonas rurais, e adquirir objeto adequando em tamanho e grossura do seu prazer.

O GGB procurou ouvir André Cupolo proprietário da Queens Sex Club nos Barris, que já teve em suas instalações uma loja do ramo. “A maior parte dos clientes eram de homens casados e preferiam sempre os maiores pênis de borracha da loja”, diz e continua citando outros exemplos agora que a casa funciona mais como clube de sexo. “Tinha clientes que vinha para cá com pepino escondido para fazer penetração” explica. “Como pode alguém vir para uma casa de sexo e trazer isso consigo?” pergunta ao tempo que conclui alertando que hoje com tantas possibilidades alertando que a homofobia interna e a falta de cultura levam algumas pessoas a essas práticas com legumes e objetos como o da fotografia.

Opinião também compartilhada por um proprietário de uma Sauna em Salvador, que não quis se identificar para não macular o estabelecimento. “É comum agente encontrar legumes nos quartos na hora da limpeza trazidos por clientes”, afirma indicando que a opção por adquirir produtos em lojas de sex shop é mais saudável e adequada, porém, acredita que muitas pessoas não fazem essa opção por falta de coragem para fazer a compra e também por não ter onde guardar em casa, morar com familiares ou memso serem homens casados.

Mulheres são mais esclarecidas ao uso do pênis de borracha

Ao que parece diferente dos homens gays ou não as mulheres estão mais emancipadas nesse ponto de vista é o que demonstra a jornalista I.S, 45 anos, mãe de dois filhos a mais de cinco anos separada do marido. Ela possui um modelo peniano na cor negra em sua casa e não esconde o objeto de seu prazer dos filhos homens, fica na gaveta e todos sabem, sem cerimônias ela nos contou da sua relação com ele a quem deu até nome sugestivo. “Eu o chamo de meu negão, aonde eu vou levo comigo na mala” diz em tom de descontração. “Outro dia viajei e ele apareceu no raio-x do aeroporto dentro da bagagem, me perguntaram o que era aquilo eu disse que era o meu marido o negão”, conclui dando muita risada.

A empregada doméstica Z.M 48 anos tem história parecida, mas não envolvendo ela, sim os seus patrões. Ela relata que teria um objeto desses em casa sem problemas, pois já teve acesso visual e táctil a um modelo peniano. “Eu trabalhava em uma casa que meus patrões usavam, eu ia arrumar o quarto e sempre encontrava em cima da cama do casal, eu pegava lavava e guardava” explica. “Era um bicho grosso danado, até bonito, não sabia quem usava se era ele ou ela”, se referindo aos patrões conclui.

GGB orienta opção por modelo peniano como estimulante e dasaconselha outras perigosas a saúde da pessoa

O GGB alerta que as pessoas devem evitar inserir objetos como garrafas em vidro, copos, taças que podem se romper devido a pressão do corpo e tensão da musculatura causando um grave perigo a saúde. A orientação vale para a introdução de legumes tais como berinjela, cenoura, pepino, nabo e outras raízes e pedaços de madeira. Essas formas apresentam perigos eminentes. Elas não tem base de barreira podem entrar e não sair sem intervenção médica, mesmo outras podem ferir a mucosa sem uso de proteção ao exemplo de preservativo lubrificado. O modelo peniano é feito a base de silicone são macios e muito mais confortáveis a penetração, seja qual tamanho for.

Diante de situações como esta a entidade conclui  que a sexualidade ainda é um grande tabu tratada como se fosse um bicho de sete cabeças para pessoas das mais variadas idades. Alguns criticam essa prática considerada perigosa e fazem escárnio dela, mas não são capazes de compreender o que levaria uma pessoa a fazer uso dela, isso não esta apenas ligado ao desejo, mas sim a repressão a ele imposta pela própria pessoa que é elemento cultural produzido por uma cultura machista, sexofobica e acima de tudo extremamente homofobica.

É preciso fazer uma batalha educacional para educar toda a sociedade sobre sexo, sexualiade e orientação sexual. De outra maneira é continuar vivendo situações como estas paralelo a o escrachos dos outros, por falta de educação sexual de ambos os lados.

Por Marcelo Cerqueira

Presidente GGB