Fifa deveria tratar homofobia como racismo, diz Rogers

Genilson Coutinho,
14/10/2013 | 15h10

A Fifa determina que, em caso de racismo em um estádio de futebol, o árbitro deve paralisar e até mesmo suspender a partida. Um clube também pode ser punido com a perda de pontos devido a ofensas raciais da torcida.

Para Robbie Rogers, meia norte-americano do Los Angeles Galaxy e homossexual assumido, o mesmo deveria acontecer em caso de manifestações homofóbicas.

“É ótimo que a Fifa esteja discutindo racismo. As punições podem mudar comportamentos. Deveria ser assim também no nosso caso”.

Rogers reclamou da naturalidade com quem a homofobia é vista e cobrou rigidez na luta contra o preconceito.

“[Em países como Brasil e Inglaterra] tratam como se fosse provocação normal. Mas não é. É uma agressão.”

Ao contrário do masculino, o futebol feminino está cheio de casos de personalidades que saíram do armário.

A técnica campeã olímpica com os EUA em Londres-2012, Pia Sundhage, é gay. A atacante norte-americana Abby Wambach, eleita a melhor do mundo no ano passado, anunciou na quarta-feira o casamento com uma companheira de time.

A luta contra o preconceito se estende a outros esportes. Em abril, Jason Collins se tornou o primeiro atleta da NBA a se declarar homossexual. O pugilista Orlando Cruz, gay assumido, lutaria ontem pelo cinturão pesos-pena da OMB com um calção com as cores do arco-íris.

Sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, a Rússia criou celeuma ao sancionar lei proibindo apologia a comportamento gay. Com informações da Folha