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FGM divulga resultado final da seleção para os “Espaços Boca de Brasa”

Genilson Coutinho,
16/11/2017 | 18h11

A Fundação Gregório de Mattos (FGM) continua a investir na descentralização do acesso a atividades culturais em Salvador. Já está disponível o resultado Final da Seleção para os Espaços Boca de Brasa – Edital 006/2017 – www.dom.salvador.ba.gov.br , dia 15 e 16/11/2017, Edição 6.968, página 48 -, que prevê a concessão de aporte financeiro para propostas de aprimoramento e dinamização das atividades desenvolvidas em espaços culturais da cidade.

 O processo de vistoria foi realizado nos 09 (nove) projetos classificados, onde 03 (três) foram selecionados, a Associação Picolino de Artes do Circo – Circo Picolino, em Pituaçu; Associação Pracatum Ação Social (Apas), no Candeal e Programa Avançar, da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Bairro da Paz, por cumprirem todos os requisitos dos critérios da etapa de visitação e seleção: adequação do espaço às atividades propostas; condições de funcionamento espaço – estrutura, capacidade técnica, segurança e acessibilidade; localização e condições de acesso para o público e envolvimento do espaço com a comunidade na qual está inserido. Os suplentes são a Associação de Moradores do Conjunto Santa Luzia – Juventude Ativista de Cajazeiras, em Cajazeiras; A Outra Companhia de Teatro Casa d’a Outra – Casa d’a Outra, no Politeama; Associação Cultural Esperança – Ballet Esperança, em Paripe; o Centro de Economia Criativa e Sustentabilidade Mercado Iaô, na Ribeira; a  Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Salvador – Centro De Artes da Apae Salvador, na Calçada e a Associação de Moradores e Amigos do Rio Vermelho – Sitorne Estudio De Artes Cênicas, no Rio Vermelho.

 A comissão teve uma formação mista, composta por Fernanda Júlia Barbosa, Giuliana d El Rei de Sá Kauark e Gleise Cristiane Ferreira de Oliveira, membros especialistas da sociedade civil e José Francisco de Assis Santos Silva, Viviane Vergasta Ramos e Felipe Dias Rêgo, servidores e técnicos da FGM.

 As três propostas contempladas receberão R$150 mil cada. O investimento visa a dinamização dos espaços já existentes e descentralização do acesso às atividades culturais em Salvador.

 A perspectiva é que até o fim da gestão, em 2020, dez Espaços Boca de Brasa estejam em funcionamento, espalhados por toda a cidade. Na prática, esses serão locais propícios à convergência e aglutinação de ações que possibilitem o desenvolvimento cultural e, consequentemente, humano e econômico do território no qual estarão estabelecidos. Por meio da cultura e dos encontros e atividades que ela promove, os Espaços Boca de Brasa podem contribuir com a cultura da paz e o respeito à diversidade (cultural, étnico-racial, religiosa, de gênero e orientação sexual) e estimular o pleno exercício da cidadania.

 Boca de Brasa

Criado em 1986 e relançado em 2013, o Boca de Brasa visa fomentar a cultura na periferia da cidade, com foco na promoção da cidadania, por meio do incentivo às manifestações artísticas dos bairros de Salvador. Entre 2013 e 2016, foram realizadas 21 edições, com público total de 42 mil pessoas. A ação recebeu também um novo formato, que contempla oficinas gratuitas de diferentes áreas artísticas, bem como de formação de gestores. Cento e vinte oficinas foram realizadas, ao todo, com 2.300 agentes culturais atendidos em 20 bairros.

 Descentralização

Desde 2013, a Fundação Gregório de Mattos desenvolve ações que visam estimular a promoção e produção cultural pelos diversos pontos da cidade, no intuito de descentralizar as atividades em Salvador.

 O projeto Boca de Brasa percorreu diversos bairros, promovendo, além das atividades de formação, através das oficinas e difusão, onde ao final de cada oficina o resultado era apresentado num evento aberto ao público, contribuiu com ações estruturantes no setor cultural da cidade, através da realização do encontro de articulação com a comunidade para discutir o Plano Municipal de Cultura do Município de Salvador, visando à institucionalização da área.

 A FGM conseguiu promover a ocupação em todos os territórios da capital baiana em bairros como Alagados, Baixa do Tubo, Boca do Rio, Brotas, Cajazeiras, Engenho Velho de Brotas, Fazenda Grande do Retiro, Marback, Mont Serrat, Mussurunga, Periperi, Pirajá, Pituaçu, Plataforma, Ribeira, São Caetano, Saramandaia, Sussuarana, Uruguai, Valéria e tantos outros, através dos projetos contemplados pelos editais Arte em Toda Parte anos I, II e III e do Arte Todo Dia anos I, II, III.

 Outra maneira de expandir os espaços de atuação, foi por meio dos programas de arte-educação, como A Casa Vai à Escola – projeto que apresentava em forma de oficinas culturais o acervo da Casa do Benin, abordando de maneira educativa e lúdica a cultura africana nas escolas da rede municipal de ensino e, atualmente, Caminhos da Leitura, que percorrem escolas municipais, bibliotecas e praças em diversos bairros, com contação de histórias, saraus e exposições.

 O projeto Cinema na Praça levou filmes nacionais a Plataforma, Brotas, IAPI, Calabar, Uruguai, Santo Antônio Além do Carmo, entre outros bairros.