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Família protesta e homenagea jovem assassinado no Rio Vermelho em 2016

Genilson Coutinho,
11/07/2019 | 16h07


Os familiares de Leonardo, chamado caridosamente pelos amigos como Léo, continuam na luta para prender os responsáveis pelo assassinato do jovem, no dia 11 de julho de 2016, no bairro do Rio Vermelho.
A família contesta a versão da polícia de que foi uma queda.
Na madrugada desta quinta-feira, a família convocou amigos para prestar uma homenagem e protestar por meio de um texto, em razão da falta de solução do caso.

Vítima de agressão no Rio Vermelho faleceu na madrugada desta segunda-feira (11)

Texto na integra divulgado pela familia 

Você continua existindo em nós…

Certa vez ouvi falar que saudade é o amor que fica, é um paradoxo, ao mesmo tempo que aperta o coração o preenche de uma forma inexplicável. Hoje eu venho falar de Leonardo Moura. Meu Léo, nosso Léo, venho falar dessa saudade que não é mais dor, não é mais revolta. O tempo nos ensina a olhar essa falta com atenção e gratidão, nos ensina a separar saudade da dor. Gratidão por ter vivido a sua presença, a sua alegria, por ter bebido da fonte do amor mais verdadeiro, porque se existiu alguém que sabia amar, esse era o Léo. Vamos aprendendo a cuidar desse elo de conexão, pois por mais que ele não esteja em presença física, nós sabemos e sentimos: o espírito de Leonardo Moura não morreu, não morrerá.
Ah menino de riso doce, abraço apertado e jeito meigo. Ah Léo quanta falta você faz! Se eu pudesse, conseguisse escrever um pouco mais, se a emoção não arrebatasse, se o peito não apertasse quando eu lembro daquele 11 de julho de 2016… Eu não disse que não choraria, meu choro não é de dor, não mais; eu choro a saudade que eu sinto e a saudade é o amor que fica!
E pra que minha saudade não seja “esquecida” clamamos justiça, pedimos que a balança de nobre cobre nos dê respostas e a morte de Leonardo não siga impune.