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Escritoras e escritores reforçam a pluralização de narrativas em celebração ao Dia do Orgulho LGBTQIA+

Genilson Coutinho,
01/07/2021 | 22h07

Em celebração ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (28), a Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA) destaca autores contemplados do Prêmio Fundação Pedro Calmon, do Programa Aldir Blanc Bahia da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que premiou escritores da comunidade.

Esteban Rodrigues (24), homem trans, periférico e negro. É professor, pesquisador e escritor. “Deixei que a troca de saberes se tornasse o principal elo na minha vida”, conta. Atualmente tem dois livros publicados, Sal a gosto (2018), publicado pela Padê e Com mãos atadas e como quem pisa em ovos (2021), através do projeto Bahia na Poesia, do Prêmio Fundação Pedro Calmon. 

O projeto Bahia na Poesia foi uma proposta para a publicação em e-books e o lançamento virtual de uma coleção de quatro livros de autores baianos de diferentes gerações. Para Esteban a participação no projeto tem permitido realizar sonhos, “ter a minha poesia no país é abraçar ainda mais o homem que tenho me tornado”, destaca. Através da publicação e venda do livro, o autor direcionou seus investimentos para a realização da mastectomia masculinizadora.

Em suas referências literárias, Esteban ressalta autores com recorte de gênero e raça, como Anderson Herzer, João W Nery, Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Lívia Natália e Kika Sena. E afirma “são os principais nomes que fazem de mim o sujeito que sou dentro da literatura”.

Para Armando Almeida, diretor estadual do Livro e Leitura da FPC, é muito importante estimular a diversidade cultural, a pluralidade e a polifonia. “Apoiar a pluralidade de expressões socioculturais passou a ser não apenas uma questão de justiça social, ela passou a ser um compromisso de todos aqueles que defendem a democracia e o Estado de direito”.

Programa Aldir Blanc Bahia – Criado para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, o Programa Aldir Blanc Bahia (PABB) visa cumprir os incisos I e III da Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020) e suas regulamentações federal e estadual. As ações são a transferência da renda emergencial para os trabalhadores e trabalhadoras da cultura, e a realização de chamadas públicas e concessão de prêmios. O PABB tem execução pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, geridas por meio da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura e do Centro de Culturas Populares e Idenitárias; e as suas unidades vinculadas: Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundação Pedro Calmon, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural.