Escritor baiano lança livro de poesias Na Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Genilson Coutinho,
15/08/2012 | 13h08


Para o poeta João Figuer, “fazer poesia na Bahia é como dar de comer aos dinossauros”. É com essa afirmação beirando o absurdo que o poeta define a situação do escritor baiano em face das dificuldades encontradas para se publicar e divulgar a poesia no estado. O seu primeiro livro, De amor, desamor e uma pitada de sal, lançado em dezembro último, alcançou uma boa repercussão na imprensa e no meio literário e gerou um convite para lançamento no mais importante evento literário da América do Sul, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Ator e diretor de teatro, o escritor baiano revela que a publicação de um livro, por si só, não garante uma trajetória até chegar às mãos do leitor. “É preciso mecanismos que apoiem a distribuição, é uma luta insana para se ter um livro publicado e depois disso, vê-lo circulando. Tudo na Bahia é muito complicado”, conta.
A estratégia do poeta foi criar um sarau poético, para a formação de um público interessado em ouvir poesia, apresentando o espetáculo “Uma Pitada de Sarau” em teatros, bibliotecas e onde mais se queira a poesia presente.
O livro “De amor, desamor e uma pitada de sal” será lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, neste sábado, dia 18 de agosto, às 19:30 no estande da Editora Scortecci.
A obra foi publicada de forma independente pelo Grupo Editorial Scortecci e conta com 75 poemas ao longo de 84 páginas. O tom derramado pulsa a paixão pela forma a cada linha em De amor, desamor e uma pitada de sal, que pega o leitor pelo coração e o convida a um jogo poético intenso.
“Este é um livro de trajetória, daqueles que oferece generosamente ao leitor a oportunidade de contemplar o processo de amadurecimento do autor, poeta de alma inquieta. Sem rigores com a métrica, Figuer maneja o ritmo, domina a coloquialidade e os usa como recursos.”, descreve a poeta e jornalista Kátia Borges, que assina a orelha da publicação.

SOBRE JOÃO FIGUER

João Figuer é graduado em Direção Teatral pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) com especialização em educação pela FAMETTIG e é aluno especial do Mestrado em Artes Cênicas da UFBA, é ator, diretor de teatro, poeta e agitador cultural. Desenvolve trabalhos com arte-educação e edita o blog A Arte de Não Dizer Quase Tudo (www.joaofiguer.blogspot.com).

A aproximação com a escrita veio cedo para o autor, que desde muito jovem começou a ler as composições do “poetinha” Vinicius de Moraes. Dentre as influências no estilo e na forma de trabalho, destacam-se, dentre outras, a poesia de Fernando Pessoa, Manuel Bandeira e revela a admiração pelos escritores Jorge Luís Borges, Albert Camus e Guy de Maupassant.

Figuer ministra oficinas de teatro para jovens e adultos e realiza ainda paralelamente apresentações de teatro corporativo em empresas. Defende um projeto de teatro voltado para a terceira idade há 15 anos e, é o diretor do espetáculo “Sou transformista, mereço respeito”, que esteve em cartaz no Theatro XVIII, Espaço Xisto e vem circulando por cidades do interior como Maragogipe, Lauro de Freitas e Camaçari, após sucesso de público e crítica.
Com a boa repercussão do lançamento do seu livro, criou um espetáculo teatral com as poesias
publicadas, gerando o monólogo “Uma Pitada de Sarau” que esteve em cartaz nos meses de
março e junho de 2012, voltando em cartaz no mês de setembro no Teatro Gamboa Nova.

Em 18 de agosto de 2012 o livro “De amor, desamor e uma pitada de sal”, será lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.