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Edith Windsor, ativista de direitos LGBT, morre aos 88 anos

Redação,
13/09/2017 | 12h09

*Do O Globo

A ativista de direitos LGBT Edith Windsor, responsável pela ação que levou a Suprema Corte dos Estados Unidos a reconhecer pela primeira vez a legalidade de casamentos do mesmo sexo, morreu nesta terça-feira, em Nova York, aos 88 anos.

Sua esposa, Judith Kasen-Windsor, confirmou a morte ao “The New York Times”, mas não especificou a causa do falecimento.

Windsor teve que pagar US$ 360 mil em impostos quando sua mulher, Thea Clara Spyer, morreu, em 2009. O valor foi cobrado pois a Lei Federal de Defesa do Casamento discriminava o gênero para a formação do matrimônio, excluindo-a das isenções de herança. A ativista, então, entrou com uma ação para ser ressarcida do valor gasto.

Edith Windsor, durante entrevista em 2012, em seu apartamento em Nova York - Richard Drew / AP/12-12-2012

Edith Windsor, durante entrevista em 2012, em seu apartamento em Nova York – Richard Drew / AP/12-12-2012

A Suprema Corte aceitou o argumento e considerou inconstitucional a lei. A decisão estendeu benefícios federais a casais do mesmo sexo, mas não alterou as leis estaduais. Em 2015 outra decisão do tribunal legalizou o casamento gay em todo o país.

Os ex-presidentes dos Estados Unidos Barack Obama e Bill Clinton lamentaram a morte de Windsor. “Tive a oportunidade de conversar com Edie há poucos dias, e dize mais uma vez para ela a diferença que ela fez para esse país que amamos”, afirmou Obama, em comunidado.

“Ao defender ela mesma, Edir também defendeu milhões de americanos e seus direitos. Que ela descanse em paz”, escreveu Clinton, em sua conta no Twitter.

Clinton foi o responsável foi sancionar a Lei do Casamento quando era presidente, em 1996, mas voltou atrás na época do julgamento e manifestou seu apoio à revogação dela.