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Teatro

É hora do 12º Festival Internacional de Artistas de Rua da Bahia

Genilson Coutinho,
05/03/2016 | 15h03

Martin Lima e seu bandoneon

O Festival Internacional de Artistas de Rua, realizado em Salvador e cidades do interior da Bahia desde 2002, é um acontecimento artístico que reúne alguns dos melhores artistas de rua do mundo e os coloca em contato com o público, de forma gratuita, a céu aberto, transformando as ruas em palcos e picadeiros, para apresentações e shows de música, mímica, acrobacia, teatro, dança, comédia e artes plásticas, que encantam gente de todas as idades. Sob a direção artística e curadoria de Bernard M. Snyder, o “homem-banda”, e direção geral e produção de Selma Santos, chegou agora a hora da décima segunda edição deste encontro mágico entre artistas e público ganhar vida novamente, sendo realizado em 2016 em quatro cidades : nos dias 04, 05 a 06 de março em Salvador (Orla do Farol da Barra), 08 e 09 em Ilhéus (Praça do Teatro, Rua Jorge Amado, Rua Dom Pedro II e Rua Marquês de Paranaguá), 11 e 12 em Valença (Calçadão) e dia 13 em Madre de Deus (Orla).

No 12º Festival Internacional de Artistas de Rua se apresentam mais de 20 atrações artísticas de 10 países da África, Ásia, Europa e Américas. Em especial, nesta edição, muita música tomará conta das ruas, em shows com artistas africanos, como os da Aly Keita Band, que reúne músicos do Mali, do Chade e o baterista Ivan Huol, o idealizador da JAM no MAM, ou Willy Sahel e Djim Radé, do Chade, que fazem a fusão do jazz, blues, funk, soul, gospel e R & B aos ritmos da Africa Central ; da Alemanha, Sebastian Friedel, que somente com a boca reproduz as sonoridades da música eletrônica e o homem-banda Bernard M. Snyder e seu repertório incrível ; da Argentina, Martin Lima e seu bandoneon, tocando tangos e milongas; da França, Jean-Marie, seu realejo e suas lindas músicas antigas; de São Paulo o reggae e o ska do Canoa Groove ; e da Bahia, o quinteto de sopros Salvador Brass Quinteto e o Duo Guitarbone, o samba de roda do Barlavento, e o Arguidá, de Valença.

Mas se vai ter música nas ruas, vai ter também a mímica dos tailandeses do Mute, pela primeira vez no Brasil, o malabarismo do palhaço chileno Alvaro Henriquez, o teatro cômico de Melquesalém, que terá como tema a TPM feminina, a palhaçaria de Sebastian Godoy, da Argentina, que realiza o concerto mais louco do mundo, a acrobacia com Roda Cyr da belga Pauline Zoe, as artes plásticas da norte-americana Tova Snyder, que cria ao vivo cenas do festival sobre placas de madeira e o Xilopraças, com obras talhadas em madeira, na rua, durante o festival, além da dança de rua do KY Dance de Ilheús, do projeto Wins de Madre de Deus e do Junta Salvador, da capital. É um encontro entre culturas brasileiras e estrangeiras, um encontro da arte de rua do mundo!

Confira a programação completa

O 12º Festival Internacional de Artistas de Rua recebe apoio financeiro do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Secretaria da Fazenda e apoio das prefeituras de Salvador, Ilhéus, Valença e Madre de Deus. O som dos espetáculos obedece a todas as regras exigidas pelos órgãos de controle e respeita os direitos dos moradores dos lugares próximos às apresentações. O Festival de Rua já foi realizado em dez localidades diferentes de Salvador e onze cidades do interior do estado. Em Salvador, já foram palco para o Festival o Aeroclube, Praça da Sé, Campo Grande, Farol da Barra, Parque da Cidade, Comércio, Liberdade, Ponta do Humaitá, Praça Municipal e Ribeira. No interior do estado os artistas do Festival já se apresentaram em Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Juazeiro, Sobradinho, Paulo Afonso, Maragojipe, Conceição do Almeida, Nazaré das Farinhas, São Francisco do Conde e Madre de Deus. As apresentações acontecem em praças públicas, sem cobrança de ingresso e são indicadas para espectadores de todas as idades.