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Drauzio Varella publica nota após críticas a abraço em detenta trans

Genilson Coutinho,
09/03/2020 | 10h03

A atitude do médico Drauzio Varella ao abraçar uma detenta trans durante uma reportagem do Fantástico voltou a repercutir nas redes sociais. Isso porque, a divulgação dos crimes pelos quais a mulher cumpre pena gerou revolta em alguns usuários. Suzy foi condenada em 2012 a 36 anos e oito meses de prisão por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver.

Para alguns usuários do Twitter, a atitude de Drauzio deveria ser questionada pelos resultados da repercussão. Alguns comentários, citam campanhas de escolas para escreverem cartas à detenta pela solidão que ela passa no cárcere. Outros, seguem defendendo o médico por conceder o gesto de compaixão apesar dos crimes cometidos.

Na edição de domingo (8), o programa Fantástico posicionou-se sobre o tema. A nota, lida pelos apresentadores, afirma que o julgamento dos crimes não era o objetivo da reportagem. Além disso, afirmaram reafirmar o posicionamento de Drauzio.

Em nota pelas redes sociais, Drauzio Varella afirma que executa os trabalhos nos presídios sem perguntar sobre o que os pacientes teriam feito fora da lei e que segue esta conduta para que o julgamento pessoal não o impeça de executar o trabalho. — Sou médico, não juiz — disse em nota.

O médico respondeu nos seus perfis nas redes sociais.

“Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a Medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada, não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz”, declarou.