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Dia dos Povos Indígenas: conheça Tibira, símbolo de resistência para comunidade LGBTQIA+

Redação,
18/04/2024 | 12h04

 O Museu da Diversidade Cultural, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, elaborou uma série de conteúdos especiais para celebrar o Dia dos Povos Indígenas. A programação começa com a nova temporada do Podcast MDS, com episódio especial sobre Tibira do Maranhão, primeira pessoa no Brasil executada por intolerância LGBTfobica, e a resistência indígena LGBTQIAPN+, com a participação de Juão Nyn, ativista e pessoa autora do livro “Tybyra: uma tragédia indigena Brasileira”. O novo episódio do podcast, que também terá a sua versão em vídeo no Youtube, será lançado no dia 19 de abril, às 18h.
 

Tibira do Maranhão foi do povo Tupinambá, protagonista de uma história trágica pertencente ao período colonial no Brasil, marcado por intenso conflito cultural entre os povos originários e colonizadores europeus. Durante esse período, Tibira foi perseguido, acusado e executado por sodomia, termo utilizado na época para descrever dissidências de gênero e sexualidade, considerados pecado e crime grave pela moralidade cristã europeia.
 

Com uma marca na história da comunidade LGBTQIA+ e um lembrete sombrio das injustiças e violências cometidas durante a colonização, Tibira é um reflexo das violências sofridas pela comunidade ao longo de toda a história. “Ao lembrar casos como o de Tibira, fica claro que a diversidade sexual é algo que sempre existiu em nosso território, e que a violência e intolerância são problemas estruturais que precisamos erradicar da sociedade,” destaca Tony Boita, Gerente de Conteúdo do Museu da Diversidade Sexual.

Sobre o Museu da Diversidade Sexual

O Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, é uma instituição destinada à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIA+ – contemplando a diversidade de siglas que constroem hoje o MDS – e seu reconhecimento pela sociedade brasileira. Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIA+, se propõe a discutir a diversidade sexual e de gênero e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.