Dia do Combate à Homofobia foi celebrado na Câmara Municipal com sessão especial; veja as fotos

Genilson Coutinho,
18/05/2013 | 14h05


Na sessão especial em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Homofobia, na manhã da última sexta-feira (17), os tons do arco-íris coloriram o plenário da Câmara Municipal de Salvador para exigir direitos iguais e respeito à diversidade. A vereadora Fabíola Mansur (PSB), ressaltou a importância de se combater homens públicos que pregam a homofobia, destacou o papel da Câmara Municipal de Salvador para debater e dar visibilidade ao tema.
“Quando achamos que estamos evoluindo em relação às políticas públicas para a comunidade LGBT, parece que uma onda de conservadorismo e fundamentalismo vem para tentar destruir tudo o que conquistamos. Precisamos de políticas públicas para que a gente possa evoluir no combate à homofobia”, declarou a vereadora Fabíola Mansur.
A dificuldade de implantar políticas públicas para o público LGBT foi destacada pelo presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira. “Sentimos na pele o preconceito dia-a-dia. Para nós, gays, é sempre tudo mais difícil”, testemunhou.

A necessidade de promover a diversidade nos mandatos para enfrentar a homofobia também esteve em pauta na sessão especial. O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) destacou a importância da nomeação de Tuka Perez, primeira travesti da Câmara Municipal de Salvador.

Ainda fizeram parte da mesa o secretário municipal de Promoção Social de Combate à Pobreza, Maurício Trindade; Ailton Ferreira, superintendente de Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado; Cláudio Abdala, representando a Secretaria Municipal da Reparação; Eide Paiva, representante da Liga Brasileira de Lésbicas e Milena Passos, presidente da Associação dos Travestis de Salvador. Os vereadores Gilmar Santiago (PT), Hilton Coelho (PSOL) e Marcell Moraes (PV) também participaram da sessão.
No final da sessão, a vereadora Fabíola Mansur abriu espaço para uma manifestação dos servidores municipais de Salvador, que, através seu representante Everaldo Braga, declarou apoio à causa LGBT e pediu ajuda da Câmara na luta pela campanha salarial da categoria.

Show e apresentações teatrais
A cantora Juliana Ribeiro fez a primeira apresentação cultural da sessão especial, cantando o Hino Nacional na abertura. Logo depois, um dueto das artistas travestis Marina Garlen e Dion abrilhantou o evento. Para fechar a solenidade, o Grupo de Teatro Madame Satã, do Projeto Se Ligue, do Grupo Gay da Bahia, deu os últimos “pontapés nas canelas” da intolerância e da homofobia.

O presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, destacou a necessidade de dar mais visibilidade às apresentações culturais com a temática LGBT e se comprometeu a lutar pela causa. “É um compromisso que assumo. Os espetáculos LGBT têm muita dificuldade para ser promovidos em grandes palcos da nossa cidade. Salvador ocupa a última posição entre as capitais brasileiras em relação aos recursos destinados à cultura. Precisamos de uma cidade mais diversa e mais plural”, declarou Guerreiro.