Comportamento

HIV em pauta

Saúde

Dia de conscientização sobre HIV e aids é 1° de dezembro, mas deveria ser o ano todo

Genilson Coutinho,
01/12/2021 | 00h12
Foto: Divulgação

A data de 1º de dezembro marca o dia de conscientização sobre HIV e aids, o chamado dezembro vermelho. Apesar de ser celebrada anualmente desde 1988, no Brasil ainda há falta de conhecimento sobre o vírus, as formas de infecção, da doença e dos tratamentos. De acordo com a Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), toda semana cerca de 5 mil jovens mulheres entre 15 e 24 anos de idade são infectadas por HIV. Em 2020, 1,5 milhão de pessoas contraíram o vírus, e 690 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à aids.

“A prevenção e a adesão ao tratamento adequado e o combate ao estigma e ao preconceito são pontos que precisam estar bem claros e, por isso, a comunicação com a sociedade sobre o tema se faz necessária todos os dias. Temos por meio do Ministério da Saúde, a mandala da prevenção combinada que inclui diversas tecnologia como a distribuição de preservativos, os medicamentos antirretrovirais para impedir a multiplicação do vírus no organismo (Profilaxia Pré-Exposição-PrEP), além das vacinas e testes”, explica Marta McBritton, presidente do Instituto Cultural Barong.

“Em 40 anos de epidemia de aids um dos maiores avanços foi o da tecnologia do tratamento antirretroviral, onde pessoas que vivem com o vírus HIV ficam com carga viral indetectável e por consequência não transmitem mais o vírus”, complementa Adriana Bertini, diretora de projetos do Instituto.

“O dezembro vermelho é um marco para reforçar a importância das medidas de autocuidado diariamente, e a vacinação é uma delas. Muitas pessoas que têm o HIV ou a Aids desconhecem que possuem um risco maior de contrair a pneumonia e também o direito à vacina pneumocócica conjugada-13 valente que protege contra os 13 tipos mais prevalentes da bactéria pneumococo. Além dessa, outras vacinas muito importantes estão disponíveis gratuitamente nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), um serviço do Sistema único de Saúde (SUS) presentes em todos os estados brasileiros”, afirma a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine. Caso a cidade onde a pessoa reside não tenha um CRIE, ela deve procurar um posto de saúde que fará a solicitação e disponibilizará o medicamento.

Aids X HIV

Viver com HIV não é o mesmo que ter aids. A aids é uma doença causada pelo vírus HIV, quando o sistema imunológico se encontra bem debilitado. O HIV se espalha através de fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico tornando o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças. Ele pode ser contraído por contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, transfusão de sangue contaminado, da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação, e por instrumentos que furam ou cortam e estejam contaminados.

¨Estamos falando de um vírus e de uma doença que ainda não têm cura, mas há formas de controle. Sabemos que muitas pessoas podem ser infectadas com o HIV e não apresentarem nenhum sintoma durante 10 anos ou mais e, por isso, os exames são importantes, assim como o cuidado ao ser diagnosticado com HIV ou desenvolver a doença. Ter acompanhamento médico e medicamentos, incluindo calendário vacinal, vai permitir uma vida com qualidade”, destaca Dr. Vinicius Borges, conhecido no Instagram como Doutor Maravilha.

No último domingo (28), a Pfizer, em parceria o Instituto Cultural Barong e o Pró-Diversidade, deu inicio a ação “Vacinado a gente vive mais”, que marca o dia de conscientização sobre HIV e Aids. A praça Roosevelt, localizada na região central da cidade de São Paulo, foi ambientada com um laço – que simboliza a luta contra aids – com formato de um banco. As pessoas que passaram por lá tiveram acesso aos testes gratuitos de HIV, Sífilis e Hepatites Virais.