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Damares se reúne com “ex-gays” e psicólogos que pregam “cura LGBT”

Genilson Coutinho,
09/08/2019 | 14h08

A ministra Damares Alves, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, se reuniu na segunda-feira (5) com um grupo denominado “ex-gay” e com psicólogos defensores da tese da “cura LGBT”, condenada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). A relação da autora da frase “meninos vestem azul e meninas vestem rosa” com essa “conversão, é antiga. Em reportagem de janeiro, a Fórum trouxe vídeos com Damares promovendo a prática.

Damares recebeu em seu gabinete o Movimento Ex-Gays do Brasil (MEGB), que se autointitula “minoria das minorias” e prega o “direito de deixar e permanecer”. O grupo que se diz “curado” da homossexualidade defende a “livre escolha de não mais vivenciar a homossexualidade” e diz que “isso não nos torna homofóbicos”.

No encontro também esteve presente um movimento de psicólogos defensores da “cura LGBT”. Eles são contrários à determinação do Conselho Federal de Psicologia que proíbe a atuação de psicólogos em tratamentos para a homossexualidade. Esse grupo, inclusive, forma chapa em disputa para assumir a presidência do CFP.

(Foto: Reprodução/Facebook)

(Foto: Reprodução/Facebook)

Os dois grupos publicaram fotos com Damares nas redes sociais, mas não comentaram sobre o que exatamente foi tratado. A relação da ministra com a chamada Cura LGBT é antiga e possui marcas anteriores à polêmica do “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”, como mostra reportagem de Ivan Longo, publicada em janeiro na Fórum com vídeos exclusivos.

Nesses vídeos, a ministra, que diz não ser homofóbica, realiza palestra em uma clínica de “restauração sexual” e classifica a homossexualidade como “aberração” e “doença”. Nas falas ela pede, inclusive, para que trechos sejam editados ou para que não filmassem alguns momentos, pois falaria coisas “sérias” e que, por isso, teria “problemas”.

A denúncia foi feita por dois “pacientes” que foram pressionados a participar de seminário de sexualidade com pastores evangélicos, psicólogos e advogados. A “restauração” se dá através de uma espécie de confinamento dos “pacientes”, com regras rígidas de horários, saídas e de limpeza, com aulas em formatos de palestras, terapias individuais e de grupos.

*As informações são da Fórum.