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Cuidados com saúde da mulher vão além de exames ginecológicas

Genilson Coutinho,
24/05/2018 | 12h05

Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as mulheres vivem 7,8 anos a mais que os homens.  Sendo assim, é fundamental que estejam preparadas para cuidar ainda mais da saúde. Com a proximidade do Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, em 28 de maio, especialista chama atenção para alguns cuidados simples no dia a dia que podem melhorar a saúde feminina.

De acordo com o médico cardiologista e diretor de Relacionamento com o Mercado do Laboratório Sabin, Anderson Rodrigues, os exames femininos não se resumem apenas aos ginecológicos. Segundo ele, é importante avaliar a saúde de forma integral, no mínimo uma vez ao ano. “O ideal é consultar também um clínico geral ou um cardiologista que solicitarão exames complementares (laboratoriais e de imagem) para pesquisar riscos de doenças cardíacas, diabetes, dislipidemias (problemas de colesterol), doenças sexualmente transmissíveis, anemias, problemas de tireoide, entre outros”, afirma o cardiologista.

Entre os exames de rotina mais comuns estão hemograma, glicemia (para descartar a diabetes), colesterol, triglicérides, TSH (tireóide), PCR-us (risco cardíaco), ácido úrico, urina e alguns para as IST’s (doenças sexualmente transmissíveis). Dependendo do histórico de saúde do paciente, o médico indicará novos exames  laboratoriais e de imagem. “Cada pessoa tem um organismo diferente. Então, é fundamental investigar, com atenção,  antecedentes pessoais e familiares, estilo de vida, hábitos alimentares, estresse (pessoal e profissional), tabagismo, sedentarismo  e obesidade. No caso das mulheres, ter os exames em dia pode prevenir, além de diferentes tipos de câncer (mama, útero, ovário, outros), doenças cardiovasculares e diabetes, que hoje têm alta incidência na população feminina”, afirma o Anderson Rodrigues.

Para o diretor do Laboratório Sabin, manter o corpo saudável requer também cuidados com alimentação e a prática regular de atividades físicas. “Em todas as etapas da vida é preciso manter o corpo em movimento com exercícios físicos regulares e ter atenção ao que se come. É importante evitar alimentos gordurosos e industrializados que agravam problemas cardíacos, além de ler, com atenção, o rótulo dos alimentos industrializados, afirmou o Anderson.

Mortalidade materna

Na mesma data, também foi instituído pela Portaria do Ministério da Saúde nº 663/94 o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais causas de morte de mães no mundo são hemorragias graves, hipertensão na gestação, infecções, complicações de abortos e coágulos sanguíneos.

Rodrigues, conclui dizendo que “faz-se de fundamental importância, realizar as consultas regulares do pré-natal, garantindo assim a saúde plena do binômio mãe-feto, através de: aferição da pressão arterial, acompanhamento da glicemia no sangue, dosagem dos hormônios da tireoide, observação de inchaços/cansaço da gestante, e outros sinais e sintomas. No Brasil, houve diminuição de 40% na taxa de mortalidade materna nos últimos anos, de acordo com o Ministério da Saúde.