Crivella, bispo e prefeito da Cidade Maravilhosa
Por Luiz Mott
O bispo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus, desde os anos 90 tem feito declarações preconceituosas e hostilizado os homossexuais, católicos e candomblecistas. Diz que odeia o pecado, mas ama o pecador. Quando missionário na África, declarou: “os demônios são responsáveis pela homossexualidade e os gays vivem sem paz e numa condição lamentável para o ser humano, porém não devem ser menosprezados ou discriminados.” Em 2008 o Grupo Gay da Bahia conferiu ao Senador Marcelo Crivella o Troféu Pau de Sebo como inimigo dos LGBT, por sua ferrenha oposição ao projeto de lei de equiparação da homofobia ao racismo e declarar que “a homossexualidade é antinatural”. No ano seguinte, disse: “sou a favor dos direitos dos homossexuais, mas é preciso preservar o livre exercício do culto religioso”. Quando Ministro da Pesca de Dilma, mostrou-se compassivo: “Frequentemente a gente acusa e trata mal um homossexual sem saber os dramas que ele vive e as angústias que ele sofre. Às vezes, a mãe de um gay tentou abortar…”
Quando candidato a Governador do Rio de Janeiro, asseverou: “vou governar para todos, sem discriminação, mas acredito que a orientação sexual de gays é um pecado, contudo, os gays não devem ser discriminados ou menosprezados: comprometo-me a votar favoravelmente ao Projeto de Lei de criminalização da homofobia, desde que não criminalize os pastores que critiquem a homossexualidade em seus templos.”
Agora como candidato vitorioso à Prefeitura do Rio de Janeiro, disse ter superado tanta intolerância: “fui motivado pela convicção equivocada de um dogma religioso. Erros cometidos no passado, há muito corrigidos pela maturidade do presente.” Aleluia!!! Vamos cobrar!
Prefeito Crivella, siga o ensinamento de seu tio Edir Macedo: “Jesus incriminou os religiosos hipócritas, não os gays!”