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Comunidade trans tem dificuldade para assistir ao longa “A Garota Dinamarquesa”, em Salvador

Genilson Coutinho,
24/02/2016 | 10h02

Está sendo difícil para a comunidade trans de Salvador conseguir assistir ao filme Garota Dinamarquesa. O longa, que retrata a história da primeira transexual a se submeter a cirurgia de mudança de sexo, desperta total interesse do público LGBT, porém a sua exibição nos cinemas de Salvador estão dificultando o acesso por motivos de horários e, principalmente, de preços.

Isso porque o filme, que está em cartaz há mais de uma semana, foi escalado apenas nas salas de luxo dos cines, o que impossibilita a adesão. Nas redes Cinemark e UCI (Barra), por exemplo, o filme só está disponível em quatro horários nas salas Bradesco Prime e De Lux, respectivamente, com ingressos no valor de R$42,00  R$ 46 a inteira.

Nos outros três cines onde o filme é exibido – Cinépolis Bela Vista e Saladearte da UFBA e Passeo – existe apenas um horário disponível e é pela tarde, quando a maioria das pessoas estão no trabalho. Essas condições estão tornando inviável o acesso do público a um filme marcante para a história LGBT e que gerou grandes expectativas no público que agora não consegue assisti-lo.

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A insatisfação e frustração são grandes. Em razão a essa situação, como diz Paulett, “acho um absurdo e ao mesmo tempo um ato de transforbia. Qual trans vai tirar do seu orçamento R$42,00 para ir ao cinema? O filme sem dúvida tem tudo a ver com nossa realidade, mas os empresários estão vivendo outra realidade. É inadmissível a falta do filme em outros horários e em salas com valores flexíveis para todos. O que vai acontecer é que o filme vai sair de cartaz e eu e muitas trans não teremos a oportunidade de assistir”, desabafa Furacão.