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Combate à LGBTfobia estará presente também na Comunicação da Prefeitura

Genilson Coutinho,
12/12/2019 | 17h12

O Programa de Combate à LGBTfobia Institucional chegou até a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). Na manhã desta quinta-feira (12), funcionários do órgão participaram de uma capacitação, a fim de fortalecer a capacidade do serviço público na identificação, prevenção e enfrentamento da população LGBT. Promovida pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur), a atividade teve a presença da titular da pasta, Ivete Sacramento.

Ministrado por Vida Bruno, coordenador de Políticas e Promoção da Cidadania LGBT da Prefeitura, o encontro discutiu questões como instrumentos e subsídios adequados para o tratamento da pessoa LGBT, a exemplo da importância de chamar pessoas transgêneros pelo nome social, o cuidado com termos pejorativos e discriminatórios, além de esclarecimentos de terminologias de gênero. “O espetáculo da vida é o respeito. Existe uma coisa que ninguém vai fazer por nós que é a nossa parte. Precisamos respeitar a individualidade dos outros e a nós mesmos não só no local de trabalho, como durante toda a nossa vida”, afirmou Bruno.

Na ocasião, também foram apresentados os avanços nas políticas públicas municipais. Dentre as iniciativas implantadas desde 2013 estão a criação do Núcleo de Políticas Públicas de Cidadania e Direitos LGBT, a promoção de vagas destinadas a essa classe, a instituição do Comitê Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, e a instalação do Centro Municipal de Referência LGBT.

Coordenado pela Semur, o programa tem como objetivo por fim às normas e comportamentos discriminatórios na administração municipal, criando um ambiente de valorização e respeito às diferenças. “Nenhuma prefeitura no Brasil, além de Salvador, possui um programa específico voltado para o combate ao racismo institucional e LGBTfobia dentro das instituições. E essa política pública implementada pela gestão não fica apenas no papel: ela é levada através de capacitações para todas as secretarias e autarquias, no intuito de fazer com que Salvador seja realmente uma cidade que respeita a diversidade dos cidadãos”, ressaltou Ivete Sacramento.

Para o titular da Secom, José Pacheco Maia Filho, o programa é essencial para desenvolver um trabalho de comunicação institucional ainda melhor, já que a pasta é responsável pelo diálogo entre a Prefeitura, com a participação das demais secretarias, e a sociedade. “Temos uma cidade bastante diversa nos quesitos social, racial e de gênero, e precisamos estar cada vez mais antenados para dialogar melhor com o público e contribuir com o combate a qualquer tipo de discriminação”, pontuou.

Termo – O termo LGBTfobia refere-se ao preconceito e à discriminação em razão de orientação sexual e/ou identidade de gênero de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens transexuais. No caso da LGBTfobia institucional, se aplica na ausência de instrumentos e subsídios adequados no trato à pessoa LGBT, gerando discriminação e negação da cidadania nos serviços públicos ou na administração pública.