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Com 19 trios elétricos, Parada Gay reúne multidão em São Paulo

Genilson Coutinho,
18/06/2017 | 23h06
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Cantora Anitta na Parada Gay de São Paulo, na Avenida Paulista (Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo

A 21ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo acontece neste domingo (18) em São Paulo. No total, 19 trios elétricos desfilaram em trajeto que começou na Avenida Paulista e desceu a Rua da Consolação, chegando ao Vale do Anhangabaú. Segundo os organizadores, o evento reuniu 3 milhões de pessoas. A Polícia Militar não divulgou números.

O evento começou oficialmente às 12h30. O tema deste ano é “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todas e todos por um estado laico”. Por volta das 18h30, os trios elétricos haviam chegado ao Vale do Anhagabaú, e o público aguardava os shows, que iam até 21h.

A Avenida Paulista ficou tomada pelos participantes, vários com fantasias especiais para o evento. A via também estava decorada, e as cores lembrando um arco-íris estão presentes em faxias de pedestres, em balões de gás e no Conjunto Nacional, prédio que é um dos símbolos da avenida.

Anitta e Naiara Azevedo se apresentaram em um dos trios elétricos. Junto com elas, na festa batizada de Chá da Alice, estavam Márcia Freire, ex-vocalista da banda Cheiro de Amor, e a cantora amazonense Lorena Simpson.

Em entrevista à GloboNews, Anitta disse antes de se apresentar: “suas crenças religiosas não têm a ver com a sua orientação sexual. Acho importante que todos aprendam a respeitar as diferenças do outro e a liberdade das pessoas”, afirmou.

Daniela Mercury também foi uma das atrações que levantou a multidão nesta tarde. Ela também se apresentou no encerramento do Carnaval deste ano e na Virada Cultural.

Daniela Mercury se apresentou e arrastou uma multidão na tarde deste domingo (18), na 21ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista (Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo)

Outro destaque foi a atriz e modelo Viviany Beleboni, de 28 anos, que neste ano estava com uma roupa militar, para criticar o fundamentalismo religioso, o conservadorismo mundial e a falta de espaço para pessoas transexuais no Exército. Em 2015 ela apareceu “crucificada”, e em 2016 representou a Bíblia.

A Prefeitura estima que 20% do público da Parada seja composto por turistas. Cerca de 600 mil pessoas que devem sair de outras cidades, estados e até países para participar do evento e movimentar a economia da capital paulista em aproximadamente R$ 45 milhões.

A Prefeitura de São Paulo investiu aproximadamente R$ 1,5 milhão na infraestrutura do evento – a quantia é a mesma disponibilizada para a edição do ano passado, segundo a gestão João Doria.