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Closes certo e errados no Carnaval de Salvador, confira

Genilson Coutinho,
14/02/2018 | 14h02

Anitta fez um desfile corrido . Foto: Reprodução

O Carnaval, sem dúvida, continua sendo uma das grandes manifestações culturais mais importantes de Salvador. E em 2018 foi o carnaval da pipoca e da ausência de grandes blocos, como o Cheiro de Amor, que deixou saudades nos fãs. Mas como nem tudo são flores, vamos falar dos closes certos e os closes errados do maior carnaval do planeta, registrados por nossa equipe na folia.
Vamos iniciar com os closes certíssimos:

A manifestação cultural que causou a cantora Daniela Mercury, durantes seus desfiles, com participação de grafiteiros, balé Folclórico da Bahia e sua incansável bandeira de luta pela arte e cidadania no carnaval de Salvador. Sem falar na força que a canção Banzeiro ganhou, uma forte candidata ao título de melhor música do Carnaval, e que levou Daniela a receber, emocionada, o Troféu Band Folia de Melhor Música no Carnaval 2018.
A Casa Skol, uma ação incrível da marca, que recebeu mais de 2 mil pessoas por dia para curtir os shows de grandes nomes, como Pitty e a cantora Margareth Menezes, mas vale ressaltar que o número de pessoas que curtiu os shows gratuitos na rua, em frente, à casa foi recorde.
As estrelas Sangalo e Valerie brilharam bonitas na cobertura da TVE Bahia e da TV Salvador.
Foi um momento único e histórico para a visibilidade da causa LGBT, pois, pela primeira vez na história do Carnaval de Salvador, duas drags integraram o time de dois grandes veículos de comunicação da cidade .

O 21° do Concurso de Fantasia LGBT, promovido pelo Grupo Gayda Bahia, que mais uma vez movimentou a cena do Centro Histórico na segunda-feira de Carnaval.
Postos de testagem e informações sobre as ITS (infeççoes sexualmente tramissiveis), que funcionaram e atenderam a todxs com muito profissionalismo e atenção com o público que procurou as unidades de saúde.
A lotação máxima da comunidade LGBT nos principais blocos do Carnaval, em especial nos comandados pelas divas gays.
A Pipoca da Rainha, que completou 20 anos fazendo a alegria do folião pipoca nos circuitos Barra e Campo Grande.
O encontro da cantora Margareth Menezes com o bloco Os Mascarados, após 8 anos da saída da cantora, que proporcionou ao folião um encontro mágico.
O Casarão da Diversidade, no Pelourinho, que funcionou durante todo o período do Carnaval com o Esquenta Casarão, fazendo uma prévia da tônica da casa, que será aberta em março para atender às demanadas da comunidade LGT da Bahia.
A San Folia, do Grupo San Sebastian, que trouxe para os fãs das divas gays a facilidade na hora da compra dos abadás. A estrutura no Shopping Bela vista agradou em cheio aos foliões.
A ocupação da comunidade LGBT na quinta-feira de Carnaval na Barra, que reuniu gays de todos os cantos do Brasil. O Carnaval do Pelourinho, com excelentes atrações, organização nos horários de início e fim. Segurança e comodidade nos estacionamentos.
Closes errados:

Camarote Tribus foi interditado pela prefeitura – Foto: Divulgação

O cancelamento do camarote Tribus, que deixou milhares de foliões sem opções após a interdição da Prefeitura e a saída das principais atrações do camarote.
O atraso na apresentação da grade de atrações do Concurso Nacional de Fantasia Gay, por conta da chuva, e a demora dos shows e a duração do evento afastou parte do público que desceu com alguns blocos que saíram do Pelourinho, e causou desconforto pela longa espera dos candidatos do concurso, ocasionando também público menor para o show de encerramento.
As mulheres cordeiras que agrediram os LGBT no circuito da folia.
A homofobia dos seguranças e o público no Camarote Skol, no sábado de Carnaval, durante o show da cantora Claudia Leitte, que afrontaram e desrespeitam a comunidade gay que tomou conta do camarote.
A passagem a 220km da cantora Anitta no Circuito Barra –Ondina e seu atraque com Márcio Victor, por causa de uma paradinha na frente do trio da cantora.
A confusão na eleição do Rei Momo, que só aconteceu pela intervenção do Ministério Público da Bahia.
A ausência dos Blocos Malê de Balê e do Cheiro de Amor, que ficaram de fora do carnaval por falta de apoio em 2018.
O Bloco As Muquiranas e seus integrantes, que atacavam insistentemente as pessoas, principalmente as mulheres, com suas bombinhas de água, além do assédio físico e moral.
As cenas de machismo que ainda ocorrem todos os circuitos.

Nos conte aqui quais foram os closes certos e errados no Carnaval presenciado por você.