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Cinema UCI Orient Iguatemi recebeu personalidades para uma mesa-redonda sobre o centenário de Irmã Dulce

Genilson Coutinho,
16/10/2014 | 22h10

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Conhecido por exibir nas telonas de cinemas enredos de ação, comédia, aventura, suspense, o complexo de cinemas UCI Orient Iguatemi presenciou hoje (16) uma manhã especial. O local foi escolhido pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) para realizar uma mesa-redonda com personalidades importantes do cenário baiano, como o professor e filósofo José Antônio Sarja, o arquiteto Chico Sena, a jornalista Cleidiana Ramos, a escritora Mabel Velloso e o Frei Vandei Santana.

O “Anjo Bom da Bahia”, como era carinhosamente conhecida Irmã Dulce, completaria 100 anos de nascimento em 2014. Mesmo tendo se passado 22 anos do seu falecimento, a religiosa deixou uma obra e um legado de atenção e respeito aos mais necessitados. Com o tema “100 Anos de Irmã Dulce: Histórias e Relatos”, os convidados conheceram divertidas e emocionantes histórias de Irmã Dulce. “Para mim, estar aqui hoje é um privilégio. Quando fui chamado por Maria Rita (irmã de Dulce e superintendente da OSID) aceitei na hora, não quis nem saber quando seria, onde e nem o horário, para não dar tempo deles voltarem atrás e chamarem outra pessoa!” explicou José Antônio Sarja, mediador do evento, arrancando gargalhadas da plateia.

A jornalista Cleidiana mostrou através de uma seleção de matérias o quanto Irmã Dulce era “pop” e não por ser midiática, e sim por conta do poder de impacto social das suas ações. “Tínhamos uma dificuldade enorme em debater temas religiosos em nosso jornal, mas Irmã Dulce trascendeu o conceito da religião, unindo pessoas de todas as crenças em prol do que ela acreditava, por isso ficou mais ‘fácil’ escrevermos sobre as suas ações. Creio que Irmã Dulce será a Santa (brasileira) que a Igreja Católica busca há décadas”, afirmou. Já o arquiteto e historiador Chico Senna contou em resumo a história de vida de Dulce e afirmou que a religiosa venceu a igreja católica por sua teimosia, agindo por conta própria para ajudar os mais necessitados. “Irmã Dulce era fantástica e trago como exemplo um antagonismo com os sete pecados capitais. Preguiça – Nunca passou perto de Irmã Dulce se acomodar, ela “metia a mão na massa, incansavelmente, apesar da sua aparência frágil; Gula – A própria constituição física dela já responde por sí. Além disso, ela deixava de se alimentar para oferecer aos que passavam fome; Avareza – Irmã Dulce nunca acumulou riqueza e era desapegada dos bens materiais; A luxúrua – Nunca teve qualquer apego emocional carnal. Trabalhava com o amor ao próximo; Ira – O que dizer daquela voz mansa e que nunca subia o tom? Irmã Dulce era um doce com as palavras; Inveja – Jamais desejou nada de ninguém, muito pelo contrário, oferecia o que tivesse ao seu alcance para ver a felicidade do próximo; Orgulho – Nunca se vangloriou dos seus feitos e das suas ajudas.

Uma das partes mais divertidas da manhã de debate sobre a obra e o legado deixados pelo “Anjo Bom da Bahia” foi quando a escritora Mabel Velloso contou que conheceu Dulce desde quando era criança, mas que a religiosa tinha uma amiga e que ela queria ser essa amiga de Irmã Dulce, pois a mesma não dava atenção a ela. “Sentia sim uma ‘inveja’ de Regina (amiga de Irmã Dulce). Queria que a religiosa conversasse comigo, dirigisse um olhar a mim e ela só queria saber de Regina, oras!” contou Mabel divertindo a plateia. Logo em seguida os risos deram lugar à emoção, quando Mabel contou como Irmã Dulce despertou para o cuidado com o semelhante. “Dulce perdeu a mãe quando era bem novinha, aos sete anos e foi morar com a tia. Certo dia, a tia a levou para um passeio, mas nada de parque, shopping nem existia naquela época e brinquedos. Irmã Dulce foi conhecer uma favela aqui de Salvador e a partir daí largou seus brinquedos e se tornou adulta, mesmo tão nova. Passou a se dedicar aos seres humanos e trilhou o caminho da paz e da solidariedade”, resumiu Mabel.

Por último, o Frei Vandei Santana deu o tom de religiosidade ao encontro, explicando que não teve a oportunidade de conhecer pessoalmente Irmã Dulce, mas que sua presença é muito forte em sua vida. “Brinco sempre que vim de Roma (cidade italiana) para Roma (se referindo ao Largo de Roma) aprender um pouco mais sobre esse milagre chamado Irmã Dulce. Ela é a teofania (manifestação de Deus) em sua prova mais evidente”, explicou Frei Vandei associando alguns trechos bíblicos com os relatos de acontecimentos atribuídos a Irmã Dulce.

Ao final do encontro, José Antônio Sarja e Maria Rita agradeceram bastante a oportunidade de ter todos os convidados e personalidades presentes e fizeram questão de lembrar que no mês que vem haverá a estreia do filme “Irmã Dulce”.

Filme “Irmã Dulce”

Em novembro deste ano, a rede UCI Orient (Iguatemi, Paralela e Shopping Barra) receberá o filme “Irmã Dulce”, rodado em Salvador e dirigido por Vicente Amorim. O longa conta a história da religiosa baiana que dedicou grande parte de sua vida a ajudar os necessitados. Tendo o amor e a caridade como prioridades, ela ignora preconceitos, desconfianças, dogmas e até mesmo sua saúde frágil, sempre colocando-se à disposição do outro. Irmã Dulce pode se tornar a primeira santa brasileira. Fazem parte do elenco Bianca Comparato (que faz Irmã Dulce durante a juventude), Regina Braga (Irmã Dulce a partir dos 45 anos de idade), Glória Pires (como mãe de Irmã Dulce), Zezé Motta (como Mãe Menininha) e o ator baiano Fábio Lago.

Para informações sobre filmes, a programação e os cinemas da rede UCI Orient, acesse os sites (www.ucicinemas.com.br e www.orientcinemas.com.br ).

Sobre a Orient Cinemas

O Grupo Orient é um importante operador com presença no mercado brasileiro há mais de 20 anos e no mercado angolano há seis anos, sendo uma referência em qualidade, tecnologia e sinônimo de programação inteligente e bem elaborada. O Grupo Orient inclui as empresas UCI Orient, Orient Cinemas e Cineplace, tendo iniciado em 2007 um processo de internacionalização para a África, em Angola, e aposta agora na entrada em Portugal através dos centros comerciais da Sonae Sierra.

Líder no mercado de exibição de filmes da Bahia, a Orient Cinemas figura entre as 20 maiores empresas de exibição do Brasil, segundo levantamento da entidade de pesquisa da área, Filme B, e está entre as cinco maiores bilheterias. Hoje, o Grupo possui sete complexos espalhados pelas cidades de Salvador e Feira de Santana, na Bahia, Juazeiro do Norte, no Ceará, e Petrolina em Pernambuco. Futuramente será aberto um complexo em Macapá, no Pará.