Cineasta solicita ao GGB posto de madrinha da parada gay para primeira transexual baiana

Genilson Coutinho,
27/02/2012 | 16h02

O convite do GGB a cantora Claudia Leitte para ser madrinha da parada gay continua rendendo intensas declarações nas redes socais e nos grupos de debates da militância onde pós e contra estão na ordem do dia, além da inclusão de novos nomes para o título de Madrinha da 15ª Parada Gay de Salvador que ocorrerá em setembro.

Neste final de semana,Edson Bastos, cineasta baiano e autor do curta Joelma que conta a história da vida da primeira transexual da Bahia lançou uma campanha no facebook intitulada “Quero Joelma como madrinha da Parada Gay da Bahia”. A campanha vem ganhando força e manifestações espontâneas de amigos e militantes de Salvador.

A candidata de Edson deu o título ao diretor de melhor curta Nacional no badalado festival Mix Brasil do ano passado eleito pelo júri popular diante da historia da primeira transexual da Bahia nascida em Ipiaú onde a mesma continua vivendo em sua casa onde funciona a Igreja das Treze Almas Benditas Sabidas e Entendidas e é respeitada por todos os moradores da cidade.

Conheça a historia de Joelma .

Nascida nos anos 40, na cidade de Ipiaú, batizada com o nome de Joel, desde muito cedo convideu com as adversidades da vida e o pré-conceito da sociedade. Ainda jovem, muda-se para São Paulo em busca de viver a sua vida longe do pré-conceito e realizar o sonho de fazer sua cirurgia. Trabalhava durante às noites como dançarina de programas de TV, em boates e por 10 anos como garçonete na Praça da Luz, onde conheceu um mendigo português, que logo tornou-se seu marido. Assim ela consegue juntar o dinheiro e faz sua cirurgia. Sofreu muito por perseguição de policiais e por isso resolveu retornar para sua cidade natal, com seu marido para buscar a tranquilidade. Mais uma vez foi vítima já no ano de 1991. Um rapaz entra em sua residência tentando matá-la e para se defender, ela o mata a pauladas. Vai presa, depois de um tempo é julgada e por fim absolvida.