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Chegou a hora de tira seu Cacher-Cou do armário; confira as dicas do nosso colunista

Gui Penachioni,
26/07/2013 | 16h07

A palavra cachecol é de origem francesa e vem derivada de “cacher” com o significado de esconder ou ocultar; e “cou” que significa pescoço. Os franceses aderiram a moda e passaram a utilizar lenços no pescoço chamados de “cravate”, desde então ele ficou conhecido como o pai da gravata, e originou as gravatas que hoje usamos nas mais diversas propostas, desde as formais até as mais modernas.

O cachecol é um objeto que, nos dias de hoje, habita o guarda-roupa feminino em abundancia, substituindo jóias, tiaras e dando brilho aos looks mais simples. Ele passeia desde enrolado no pescoço, na cabeça como turbantes e até mesmo amarrado nas bolsas. As mulheres abusam das diferentes maneiras de amarração, mas todas elas com a mesma finalidade… enfeita-las.

Essa peça extremamente versátil, ainda é usada com cautela pelos homens, o que no mínimo se torna um fato engraçado, quando olhado pelo ângulo da história da moda. O cachecol não tem apenas sua origem do guarda-roupa masculino, mas vem de um contexto extremamente rígido e másculo. Sua primeira aparição foi em Roma, quando o mesmo era conhecido como “focale” e se tratava de um pedaço de tecido molhado usado pelos soldados romanos ao redor do pescoço com o intuito de se refrescarem nos dias mais quentes. Mais tarde o mesmo retorna no ambiente de Guerra, onde historiadores acreditam que, durante o reinado do imperador chinês Cheng, lenços de tecido foram usados para identificar diretores ou o posto de guerreiros chineses. Posteriormente no século XVII, ainda em um contexto militar, o cachecol aparece na Croácia, em todas as categorias de soldados, o que designava a diferença na classificação era de que os oficiais tinham lenços de seda, enquanto as outras fileiras tinham lenços de algodão.

Entrando no lado fashion, os lenços se tornaram um real acessorio de moda somente no inicio do século XIX, e em meados do século XX tornou-se um dos mais essenciais e versáteis objetos no guarda-roupa de ambos os sexos, conceito que permanece atemporal. E por mais que as estampas e os materiais mudem, a sua modelagem simples e o que poderia não passar de um pedaço de tecido, faz desse objeto uma grande paixão.

A matéria de hoje veio junto com o friozinho que chegou a São Paulo, então os meus favoritos estão sendo os de lã e os de pele pra resistir aos 08 graus lá  de fora. Mas como a nossa adoravel Bahia não sofre desse mal, o grande amigo pode ser os feitos de algodão, usados com camisa para substituir a gravata ou com camisetas, ja os mais discretos, podem apenas colocá-los no bolso do blazer, aposto que vai fazer sucesso. Boa semana guys; Bejos

Por: Gui Penachioni

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