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Cerimônia virtual do Terreiro Ilê Oba L’Okê pelo Título Oficial de Patrimônio Histórico e Cultural de origem Africana e Afro-Brasileira será transmitida nesta quinta-feira (10)

Redação,
09/06/2021 | 16h06
(Foto: Divulgação)

No próximo dia 10 de junho, haverá uma Cerimônia Oficial, na Casa do Rei e Senhor das Alturas, respeitando os protocolos de prevenção a Covid-19, iremos  tocar um alujá – ritmo dedicado ao Orixá Xangô, um dos ancestrais de maior importância no território iorubá, para o qual o terreiro é consagrado  para comemorar a publicação da Lei N° 1939 de 14 de maio de 2021 que torna  a Sociedade Beneficente Socio Educativa Recreativa Religiosa Oba L´Okê patrimônio histórico e cultural de origem africana e afro-brasileira do município de Lauro de Feitas.

A cerimônia a ser realizada a partir das 9 horas da manhã, numa quinta- feira, dia consagrado ao Orixá Oxóssi será restrita às lideranças religiosas, representantes do movimento negro e secretários de governo e será transmitida pelo canal Oficial do YouTube (  https://youtube.com/c/Ileobaloke ) e pelo Instagram @ileobaloke .

A cidade de Lauro de Freitas possui aproximadamente 400 terreiros de candomblé segundo dados da Federação Nacional de Cultos Afro-Brasileiros (FENACAB). É a primeira vez que o município de Lauro de Freitas torna um terreiro de candomblé patrimônio cultural de natureza material e imaterial. O título  acontece dezesseis anos após o último tombamento realizado pelo Estado no ano de 2005, ocasião em que tombou os terreiros Ilê Axé Opô Aganju e  Ilê Axé Ajagunã. No ano anterior, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) inscreveu no Livro de Tombo, o terreiro São Jorge Filhos da Goméia. 

O Ilê Oba L’Okê, que acumula títulos de Utilidade Pública Municipal (2014) e Estadual (2019), teve seu processo de reconhecimento como patrimônio histórico e cultural de origem africana e afro-brasileira do município, apresentado a Câmara, através do Projeto Lei, de autoria do vereador Almir Santos, após pedido da comunidade, lideranças e intelectuais ligados a cultura e a arte.

Destaca-se nesse processo o cumprimento do rito que envolveu estudos, emissão de relatórios técnicos, parecer e recomendações do Conselho Municipal de Política Cultural e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial.

O Ilê  Oba L´Okê reúne  um acervo arquitetônico e artístico singular que foi construído ao longo de dez anos e contou com a participação decisiva do artista plástico Rodrigo Siqueira, um dos idealizadores da casa. O terreiro desenvolve ações sociais e mantém projetos como oficinas profissionalizantes. De acordo com o Babalorixá Vilson Caetano que também é professor da Universidade Federal da Bahia, está ação ajudará fortalecer outros terreiros, além de estreitar as relações entre os povos e as comunidades tradicionais e o poder público, amenizando desta maneira, os impactos produzidos pelo racismo institucional. É também uma oportunidade de ajudar a implementação da Lei 10.639 que tornou obrigatório no sistema de ensino brasileiro o estudo da história do Continente africano e das suas respectivas culturas, assim como o estudo das culturas afro-brasileiras.

Evento: Cerimônia de Declaração de Patrimônio Histórico e Cultural de Origem Africana e Afro-Brasileira.

Data: 10 de Junho

Horário : 09h

Responsável: Babalorixá Vilson Caetano

Transmissão do Evento:

YouTube – https://youtube.com/c/Ileobaloke

Instagram – @ileobaloke

Informações: 71  98292-6092