Notícias

Casal em Boa Vista celebra 10 anos da lei que permite união homoafetiva: ‘Não tenham medo’

Genilson Coutinho,
28/05/2021 | 12h05
União do casal Eva e Andreza — Foto: Eva Rodrigues/Arquivo Pessoal

O casal Eva Rodrigues, de 23 anos, e Andreza Cristina, de 37, celebram neste mês de maio os 10 anos do reconhecimento do casamento civil LGBTQI no Brasil. As duas formalizaram a união há quase dois anos, em Boa Vista, e, agora, encorajam outras pessoas a usufruir desse direito legal, resultado de uma das lutas mais emblemáticas para a comunidade no Brasil.

Eva e Andreza se casaram no dia 29 de agosto de 2019, na capital, depois de cinco anos de relacionamento. A cerimônia foi em um casamento coletivo organizado pelo Grupo DiveRRsidade, instituição LGBTI que luta pelos direitos da comunidade em Roraima. No último dia de 17 maio foi celebrado o Dia Internacional da Luta contra a LGBTfobia.

Eva e Andreza se casaram no dia 29 de agosto de 2019, na capital, depois de cinco anos de relacionamento. A cerimônia foi em um casamento coletivo organizado pelo Grupo DiveRRsidade, instituição LGBTI que luta pelos direitos da comunidade em Roraima. No último dia de 17 maio foi celebrado o Dia Internacional da Luta contra a LGBTfobia.

Andreza avalia que a união estável, além de ser uma conquista para a igualdade de direitos, permite que os casais tenham as mesmas condições jurídicas antes limitadas a heterossexuais.

“Quando estávamos com 1 ano e pouco de relacionamento, minha esposa descobriu uma doença autoimune e isso reforçou mais ainda a nossa vontade de ficar juntas.”

união estável entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2011. Desde então, 108 casais formalizaram a união em Roraima, conforme levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

O dado da Arpen é de 2013 – quando foi registrado o primeiro casamento LGBTQI no estado, até 2021, e possui registros dos Cartório Loureiro e Aquino, os únicos no estado.

“Em sua maioria, os casamentos são entre mulheres, homens são poucos, só 1% dos casamentos”, informou a presidente da Associação em Roraima, Nádia Rodrigues.