Casa Branca pede à Suprema Corte para bloquear entrada de transgêneros às Forças Armadas
![](https://s2.glbimg.com/g8pXTWKAjpKyvML32iwP7mGCVPE=/0x0:1700x1065/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/f/8/U4hAEXTIGogUBERzYxzw/2017-07-26t231131z-1572430408-rc17869a1c60-rtrmadp-3-usa-military-transgender.jpg)
Manifestantes protestam em Nova York contra decisão de Trump de proibir transgêneros nas Forças Armadas, em 26 de julho — Foto: Reuters/Carlo Allegri
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu na quinta-feira (13) à Suprema Corte que bloqueie a entrada de transgêneros nas Forças Armadas do país até uma solução para a batalha legal em curso sobre o tema.
A administração do presidente Donald Trump afirmou em julho de 2017 que não permitiria o alistamento de pessoas transgênero, após ouvir generais e especialistas na área militar. Segundo ele, haveria um “risco muito grande para a efetividade militar e a letalidade”.
“Nossos militares devem se concentrar em vitórias decisivas e extraordinárias, e não podem se preocupar com os tremendos custos médicos e transtornos que seriam causados por transgêneros entre os militares”, escreveu no Twitter em 2017.
Tribunais norte-americanos questionaram a posição repetidas vezes – e a oposição à medida conseguiu algumas vitórias na Justiça. O governo Trump, porém, insistiu nesta quinta-feira em garantir o cumprimento da medida em caráter emergencial.
Segundo a Casa Branca, a permissão “permaneceria em vigor durante pelo menos um ano a mais e provavelmente até 2020, um período muito longo para que os militares se vejam obrigados a manter uma política que, segundo seu critério profissional, é contrária aos interesses da nação”.
Obama e Trump
A posição da Casa Branca é radicalmente distinta da postura adotada pelo governo do ex-presidente Barack Obama, antecessor de Trump.
De acordo com uma medida adotada durante a administração Obama, a partir de 1º de julho de 2017 as Forças Armadas deveriam começar a aceitar recrutas transgênero. Mas o governo Trump alterou a data para 1º de janeiro de 2018, antes de reverter completamente a política.