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Campanha de Prevenção realizou 740 testes rápidos de IST/HIV/Aids e hepatites durante o Carnaval de Lauro

Genilson Coutinho,
13/03/2019 | 13h03

A Coordenação Municipal de IST/HIV/Aids e hepatites virais da Secretária de Saúde de Lauro de Freitas realizou, durante o Carnaval no Centro e em Areia Branca, 185 atendimentos e 740 testes rápidos para detecção do HIV, sífilis e hepatite B e C. Seis casos de sífilis e dois de HIV foram identificados e os pacientes encaminhados para o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Avenida Pastor Renato Cunha.
O coordenador do programa municipal de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais da Sesa, Franklin Silva, explica os pacientes serão acompanhados por uma equipe formada por enfermeiro, médico infectologista, assistentes sociais e psicólogos e receberão os remédios para início do tratamento. Ele destaca a importância das campanhas de prevenção. “Muita gente não tem tempo de ir a um centro de saúde, e nós aproveitamos o Carnaval para atingir essas pessoas”.
O município também oferece serviços como a PEP (Profilaxia Pós-Exposição de Risco), medida de prevenção de urgência à infecção que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas doenças. A PEP, disponibilizada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Itinga, deve ser utilizada sempre em situação que exista risco de contágio. O tratamento reduz o risco de infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST)

Doenças
Sífilis é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. Os sintomas iniciais caracterizam-se por pequenas feridas nos órgãos genitais e ínguas nas virilhas, que se manifestam entre 7 e 20 dias depois da relação sexual (vaginal, oral, anal) sem proteção. A doença tem cura e é facilmente tratável com antibióticos. Sem tratamento, pode provocar danos irreversíveis aos órgãos.
HIV/AIDS atinge o sistema imunológico humano. A doença é resultante da infecção pelo vírus HIV que age enfraquecendo sistema imunológico do corpo, deixando o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas como um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer.
A hepatite B ataca os hepatócitos – as células do fígado – e começa a se multiplicar, levando à inflamação do órgão. Existe dois tipos: a Aguda que não tem tratamento, mas possui medicamentos que auxiliam na redução dos sintomas enquanto o sistema imunológico combate o vírus, e a Crônica cujo tratamento é realizado com medicamentos antivirais de uso continuo. Em alguns casos é necessário a realização de transplante de fígado.
Na hepatite C os sintomas que mais aparecem são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. O tratamento para a hepatite C deve ser orientado por um hepatologista ou infeciologista e consiste em medicamentos como Interferon e Ribavirina.