Comportamento

Social

Bar LGBT de Salvador sofre ataque homofóbico

Genilson Coutinho,
06/01/2018 | 21h01

A noite de inauguração do Bar Caras & Bocas, na Carlos Gomes, centro de Salvador, foi de festa, mas também de medo e prejuízo para as donas do estabelecimento, Rosy Silva e Alessandra Leitte.

Por volta das 23h, nossa equipe já havia saído da casa, que tinha um vasta programação para a noite de estréia, e estava lotada, e formos surpreendidos com a notícia de um ataque homofóbico, praticado por moradores dos prédios próximos ao bar, que atiraram sacos com pedras grandes de gelo, que danificaram o estabelecimento e assustaram os clientes e artistas que estavam na casa.

Diante do ocorrido, a empresária e sua companheira acionaram a polícia para registro da violência, e neste sábado registraram uma queixa  na 1° Delegacia (Barris).  Mas existe a suspeita de que o ato tenha sido cometido por um morador do edifício Santo Amaro, que está localizado ao lado do Caras.

Prejuízo na cozinha e em outros espaço da casa foram registados pelas empresárias.

Essa não foi a  primeira vez que o espaço foi alvo desses atos de homofobia e vandalismo (confira abaixo)

Bar LGBT de Salvador sofre ataque homofóbico durante show

Mas essa situação não tirou o brilho da casa, que contou com um grupo de estrelas da cena transformista e das estrelas do Cast da Casa, como a artista transformista

Scarleth, que inicia neste sábado o concurso “Musa Caras e Bocas” . Scarleth estava na casa ontem e nos contou que foi um ato violento e assustador para todos.

“ Foi terrível, pois estávamos tão felizes com a abertura do Bar e fomos pegos de surpresa com essa violência. Fiquei sem chão e questionando por que tanta maldade na mente destas pessoas. Mas graças a Desus terminamos a noite bem, e vou fazer meu concurso com a mesma alegria de quando o Caras era no Subúrbio“, contou Sangalo.

Beth Dantas, Relações Públicas e Social Mídia do Dois Terços, estava na casa e ficou triste com o corrido. “Não podemos admitir que atos de vandalismo e intolerância como esses continuem ocorrendo. Foi uma ação criminosa, irresponsável, preconceituosa e Rosi tem que continuar com o processo. Se o responsável não for identificado, o condomínio deverá arcar com os prejuízos materiais. Porque infelizmente os prejuízos psicológicos com certeza não tem preço que pague.”