Militância solicitou urgência do governador sobre o assassinato do estudante Issac

Genilson Coutinho,
18/07/2011 | 18h07

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT enviou no último dia 17 de julho um oficio,  através de e-mail, solicitando em regime de urgência providencias do Governo do estado da Bahia sobre o assassinato do jovem Isaac Souza Matos brutalmente. O assassinato ocorreu dentro da residência da vítima, na última segunda-feira (11),  causando revolta e comoção da comunidade LGBT baiana. O documento foi encaminhado para o Governador,  para a Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia e para Delegada de Polícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Confira na integra a solicitação .

Ilmo. Sr. Governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner

Ilmo. Sr. Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Almiro Sena

Ilma. Sra. Delegada de Polícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Andreia Ribeiro

Assunto: Solicitação de providências urgentes – assassinato de Isaac Souza Matos

Prezados Senhores, Prezada Senhora,

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, criada em 31 de janeiro de 1995, rede nacional que congrega 237 organizações, vem a público solicitar o máximo de empenho nas investigações das mortes de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) registradas no Estado da Bahia.

No último dia 11 de julho, mais um homossexual foi morto brutalmente em Salvador. O estudante de Psicologia, Isaac Souza Matos, de 24 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava. As circunstâncias do crime apontam que a motivação central do crime pode ter sido a homofobia.

Isaac era um ativista LGBT em Salvador. Organizava, junto com seu companheiro e psicólogo da Universidade Federal da Bahia, uma atividade quinzenal para acolher pessoas que sofrem por serem LGBT e para discutir questões sobre o assunto através da exibição de filmes.

Solicitamos que a Polícia Baiana investigue e solucione esse e os demais casos já registrados. A impunidade só dá impulso para que outras pessoas se sintam autorizadas a violentar e matar outras pessoas pelo fato delas serem lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais.

Estamos à disposição para colaborar no que estiver ao nosso alcance.

Atenciosamente,

Toni Reis

Presidente