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Aos 90, ex-senador americano viúvo anuncia que vai se casar de novo – desta vez, com um homem de 40

Genilson Coutinho,
25/04/2016 | 09h04

Democrata Harris Wofford disse que viveu ‘a história de dois grandes amores’ – com sua mulher, Clare, que morreu de leucemia em 1996, e com Matthew Charlton, que conheceu 4 anos depois (Foto: Cliff Owen/AP)

Harris Wofford escreveu um artigo no jornal The New York Times apoiando o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Ele disse que se sentia sortudo por viver em uma época em que o casamento foi “fortalecido” desta forma.

Wofford disse que sua vida foi “a história de dois grandes amores” – com sua mulher, Clare, que morreu de leucemia em 1996, e com Matthew Charlton, de 40 anos.

“Não me classifico com base no gênero das pessoas que amo. Tive um casamento de meio século com uma mulher maravilhosa, e agora tenho a sorte de ter encontrado a felicidade pela segunda vez”, escreveu.

Em junho de 2015, a Suprema Corte americana derrubou proibições ao casamento de pessoas do mesmo sexo em alguns Estados, tornando casamentos de gays e lésbicas legais pelo país.

Clare teve uma grande influência na carreira política de Wofford. O casal teve três filhos.

Wofford, um democrata, representou a Pensilvânia no Senado americano entre 1991 e 1995.

Ele deu início a sua vida política aos 18 anos, quando fundou a organização Estudantes Federalistas.

Ele participou do movimento pelos direitos civis e da campanha presidencial de John F. Kennedy.

Mais tarde, trabalhou com os presidentes Bill Clinton e Barack Obama.

Cinco anos após a morte de sua mulher, ele conheceu Charlton.

‘Baseado no amor’

“Tentar mudar algo tão enraizado na lei e na opinião pública como a definição de casamento parecia impossível”, escreveu no jornal.

“Eu estava errado, e não deveria ser tão pessimista.”

“Eu havia visto em primeira mão – trabalhando e andando com o reverendo Martin Luther King Jr. – que, quando fosse a hora, grandes mudanças em direitos civis ocorreriam em uma única década criativa”.

“Aos 90 anos, tenho sorte de estar em um era em que a Suprema Corte fortaleceu o que o presidente Obama chama de ‘dignidade do casamento’ ao reconhecer que o matrimônio não é baseado na natureza, escolhas ou sonhos de qualquer um. É baseado no amor.”

Do G1