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Adé Bahia participa do 91 Family com projeto de revitalização de muros

Genilson Coutinho,
23/10/2017 | 10h10

O Instituto da Diversidade Adé Bahia deu início às suas atividades em Salvador ao participar do evento 91 Family, que aconteceu no último dia 15, no final de linha do Jardim Santo Inácio, como parte do projeto de mutirão “Pinta aí”, que busca revitalizar os muros da capital baiana. Na ocasião, foram realizadas diversas atividades como grafite, palestras, música, dança e muito mais.

O Adé é uma organização sem fins lucrativos, com sede em Salvador, que visa a atuar em todo o Estado. O foco do instituto é a defesa e promoção dos direitos humanos e sociais, da equidade e da diversidade de gênero. A entidade trabalha para a sistematização e promoção de políticas públicas voltadas à população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais e outras minorias sociais.

Depoimentos

Lucas Madureira, presidente do Adé: “A comunidade do Jardim Santo Inácio foi bem acolhedora. O projeto que foi desenvolvido lá levou muita vida e cultura paras os moradores. Levamos uma palestra sobre educação sexual e de gênero. Podíamos ver nos olhos deles a novidade que era falar sobre planejamento familiar, métodos contraceptivos e o autoconhecimento do prazer. Não encontramos na platéia uma só mulher que já havia visto ou usado um preservativo feminino e sequer sabia como usá-lo. Trouxemos na discussão a necessidade da liberdade feminina no sexo. Ela precisa sentir prazer e não ser usada como objeto para tal. A mulher precisa conhecer seu corpo, saber seus limites. Se não tem prazer, não tem sexo. Ver que nossos projetos começam a andar de mãos dadas com quem precisa me emociona, me dá a certeza que o Instituto está seguindo no caminho certo com passos acertados.”

Gesia Oliveira, estudante: O evento de grafite que aconteceu no último dia 15, no Jardim Santo Inácio, foi essencial para o Adé Bahia dar início a uma ação que ocorreu no bairro. Inicialmente, fomos apresentados aos grafiteiros e aos seus trabalhos e fizemos um tour pela área. Em seguida, demos início à divulgação da ONG e à conscientização sobre as DSTs, bem como sobre a sífilis que está afetando mulheres e gestantes. Foi muito interessante. Creio que conseguimos passar um pouco da mensagem da Adé, além de conscientizar sobre as DSTs.