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“A minha relação com o público gay é de muito carinho”, diz vocalista da banda Vingadora

Redação,
11/12/2015 | 00h12

Foto: Divulgação

A cantora Tays Reis, de 20 anos, vocalista da banda Vingadora faz show nesta sexta-feira (11), na San Sebastianem Salvador.

Mesmo na correria dos ensaios para um final de semana agitado ela arrumou um tempo para conversar com a equipe do site Dois Terços. Tays nos contou um pouco sobre sua carreira, das expectativas para o show na San Sebastian e da sua relação com o público gay.

A banda tem conquistado o público em cada novo show e garante que vai conquistar o Brasil com sua música.

Dois Terços: Conte-nos um pouco sobre você e de como nasceu essa paixão pela música e quem é a Vingadora?

Banda Vingadora: Então galera do site Dois Terços, eu me chamo Tays Reis, vocalista da Banda Vingadora, tenho 20 anos. Eu canto desde meus 13 anos, sempre gostei de música, tudo que era relacionado à ela eu sempre quis estar. Fiz aula de voz, violão, comecei cantando em igreja depois passei a cantar em barzinho, porém não tenho uma estrada muito longa na musica. Sou bastante nova e a Banda Vingadora está sendo minha grande experiência e aprendizado.

DT: A Bahia é um fenômeno em criar ritmos musicais que ganham os quatro cantos do Brasil. Quais são os planos para a “arrochadeira” conquistar o país?

BV: Vingadora: Verdade, a Bahia é um grande celeiro musical que adota todos os ritmos. Apesar do preconceito de alguns com arrochadeira, principalmente por ser um ritmo do interior estamos quebrando os limites e hoje já somos uma realidade na capital e tenho certeza que em breve chegaremos em todo o Brasil porque é um ritmo muito gostoso essa nossa mistura de arrocha com pagode.

DT: No seu DVD gravado este ano em Ibicuí, você traz um lado bem autoral nas canções “A Minha Mãe Deixa”, “Bota o Coelho na Toca”, “Paredão Metralhadora”, “Dançadas Vingadoras”, “Agora Vem de Mim” e “Rainha dos Paredões”. Como foi o processo de seleção deste repertório?

BV: Na verdade eu gosto de fazer músicas dançantes. Nosso repertório é muito eclético. Temos muitas músicas que defendem a mulher, músicas agitadas, músicas românticas.

DT: Você sente que há um preconceito ainda muito forte com o estilo arrocha, ou isso é apenas boato?

BV: No início foi muito difícil fazer esse gênero musical, diziam que mulher não poderia tocar ‘arrochadeira’. Mas é como falei, estamos quebrando os limites e hoje já somos uma realidade.

DT: Você fará na próxima sexta-feira (11), um show no Club San Sebastian. Como estão os preparativos?

BV: Os preparativos estão a todo vapor. A expectativa é grande, pois será minha primeira vez na San Sebastian que eu já soube que é uma das boates mais badaladas de Salvador. Estou muito feliz, pois além desse show estarei na mesma noite fazendo a festa no Coliseu do Forró.

DT: Como é sua relação como a comunidade LGBT?

BV: Minha relação é de muito carinho; Eu amo todos eles, são sempre muito divertidos, alegres, determinados. Ache ruim quem quiser, mas eles me completam a frente do meu palco e eu fico lisonjeada com o carinho que esse público sente por mim.

DT: Naturalmente você é muito cantada pelos rapazes e pelas moças. Como você lida com esses assédio dos fãs?

BV: Sim, o assédio é grande tanto por mulheres como por homens, mais isso sempre vai existir em qualquer lugar. Eu sou super tranquila e equilibrada em relação a isso.