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Autoridades egípcias prendem participantes de ‘casamento gay’

Genilson Coutinho,
08/09/2014 | 12h09

caamento

Sete homens que aparecem em um vídeo, no qual supostamente estariam participando da comemoração de um ‘casamento gay’, foram presos pela polícia egípcia, informou a agência estatal de notícias Mena. Outros dois homens ainda são procurados pelas autoridades.
O vídeo, postado no YouTube, parece mostrar um grupo de homens que comemoram um casamento em um barco no Nilo. Os participantes são acusados de incitar a libertinagem e minar a moral pública.
A promotoria pública informou em comunicado na noite de sábado (6), que a comemoração ocorreu em abril, mas a filmagem se popularizou em agosto, fazendo a polícia tomar medidas para identificar os participantes. O comunicado afirma que as imagens são “humilhantes, lamentáveis e irritantes a Deus”, concluindo que se trata de um ato criminoso a ser investigado. O promotor ordenou à polícia a prisão dos participantes e um exame físico em todos os acusados, de modo a apresentar queixa contra eles por incitar a libertiagem e difundir imagens que violam a decência pública.
O casamento gay não é legal no Egito. As filmagens que viralizaram em sites de mídia social no mês passado causaram polêmica. Embora a homossexualidade não seja ilegal no Egito, a discriminação é grande. Prisões de homens gays, ocasionalmente, provocam alarde. Eles são acusados de libertinagem, imoralidade e até mesmo blasfêmia, atraindo críticas de grupos de direitos humanos.
A maior repressão aos homossexuais no Egito ocorreu em 2001, quando a polícia invadiu uma boate chamada Queen Boat. Mais de vinte pessoas foram condenadas a mais de três anos de prisão.

Do G1